Professores de História conhecem coleção ‘Minha África Brasileira e Povos Indígenas’

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Professores de História da 1ª série do ensino médio da rede estadual de educação da Bahia iniciaram hoje (02), no Instituto Anísio Teixeira, a formação para uso do material didático ‘Minha África Brasileira e Povos Indígenas’.

A coleção foi apresentada aos docentes pelo diretor da Griô Educacional, Natanael dos Santos, e pela gerente de produtos, Heloísa Bombonatti, que discorreram sobre o legado e a contribuição dos povos africano, afro-brasileiro e indígena para a humanidade.

“Não há Brasil sem África nem povos indígenas. E é por isso que estamos aqui. Para falar sobre quem somos, o que trouxemos de contribuição para a humanidade e como o passado impacta no presente. Para os professores, este é um material revolucionário, porque ele traz novas formas de ensinar história”, destacou Heloísa Bombonatti.

“Não estamos aqui para ensinar, mas para contar a história dos nossos ancestrais. Acredito no projeto. Ele é transformador. Eu trago o africano como colonizador intelectual, um povo escravizado pelo seu conhecimento, na possibilidade de reconhecermos quem somos. Temos o mundo aos nossos pés, porque por onde passamos temos tecnologia do povo preto e é uma pena que eles não saibam disso, que o povo branco não deixe a gente saber disso. Mas com esta coleção maravilhosa estamos trazendo estas informações ”, pontuou Natanael dos Santos.

“Este momento é único e só vai agregar ao nosso fazer pedagógico. O IAT está de parabéns por esta formação. Sempre tivemos uma visão eurocêntrica e agora vamos fazer um trabalho com o olhar afro centrado. Então é de extrema importância momentos como este”, elogiou o professor do Colégio Estadual Anna Junqueira Ayres Tourinho, de São Francisco do Conde (NTE 21) José Marcelo Conceição Silva.

A ação formativa tem por objetivo promover o aprofundamento das relações étnico-raciais nas escolas da rede estadual da Bahia, assegurando o cumprimento das legislações vigentes e articulando-se às políticas nacionais e estaduais de formação e educação, com foco na equidade, valorização docente, diversidade cultural e fortalecimento da identidade dos estudantes.

Destinada aos profissionais de História das 1ª séries, a formação possui carga horária de 20h e será realizada em formato híbrido, combinando encontros presenciais, síncronos  e transmissões online pelo canal oficial do Instituto Anísio Teixeira (IAT) no YouTube, além de dispor de uma carga horária assíncrona na a plataforma Colaborativus.

A proposta formativa contempla reflexões o sobre práticas educativas, metodologias de ensino e a formação continuada de professores de modo a promover uma educação inclusiva e democrática, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, e ampliar a compreensão dos educadores sobre a trajetória dos povos africanos e indígenas, valorizando suas heranças culturais, sociais e históricas na constituição da sociedade brasileira.

A coleção ‘Minha África Brasileira e Povos Indígenas’

A coleção, com livros para estudantes e professores desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, foi concebida com o objetivo de oferecer subsídios para o trabalho em sala de aula com temas vinculados à história e cultura africana, afro-brasileira e indígena.

O material busca desenvolver no estudante um conjunto de valores, atitudes e habilidades, por meio da abordagem de diferentes temáticas, práticas e atividades pedagógicas, para além dos conhecimentos específicos de cada componente curricular.

O trabalho interdisciplinar proposto destina-se a promover a autonomia, o respeito ao próximo, a cooperação, o pensamento crítico e a argumentação, de forma contextualizada e próxima à realidade do estudante.

Ao professor é oferecido um conjunto de ferramentas teórico-metodológicas sobre o trabalho com heranças de povos africanos e heranças indígenas para o desenvolvimento do trabalho com a ancestralidade, a identidade e a valorização da história e da cultura afro-brasileira, africana e indígena na formação do Brasil e na vida cotidiana dos estudantes.
 

Fonte: ASCOM/IAT

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