Por Tarcísio Marques – Sexta, 24 de março de 2023
Quando era aluno da educação básica, as aulas que eu mais gostava eram aquelas que o professor fazia qualquer coisa (mínima que seja), para sair do padrão de copiar no quadro para que os alunos reproduzam em seus cadernos.
A utilização de uma música, um filme/vídeo, um jogo, uma dinâmica diferente, até mesmo o simples fato de sair do ambiente da sala de aula convencional para ir a algum outro espaço da escola, era algo que me fazia ter um gosto maior por estar na escola e nas aulas.
No período da faculdade não foi diferente. Os momentos mais empolgantes e de fortalecimento da minha energia para continuar firme na graduação, eram justamente os momentos aos quais os professores modificavam o “padrão” das aulas.
Hoje, que estou na condição de professor, vivenciando cotidianamente o espaço social da escola, me pergunto: e se a nós, professores, fizéssemos um pouco diferente?
Em muitos momentos nós, professores, ficamos presos a uma ideia de que o único local para se dar aula é a sala de aula. Mas, e se parássemos para visualizar toda a extensão da escola como sendo uma grande sala de aula? Porque temos que estar “presos” à carteira, ao quadro e aos livros? Que tal buscar estimular e desenvolver as múltiplas aprendizagens dos alunos através de outros espaços e contextos?
Professores, lembremos sempre que o processo de ensino/aprendizagem não se dá apenas através do espaço minúsculo de uma sala de aula convencional. Mas sim, através de todo o espaço escolar (e também externo a escola), em conjunto com os estímulos e provocações que apresentamos aos alunos.