Sexta-Feira, 24/11/2023 – 00h00
Por Mauricio Leiro
Entre o lançamento de pré-candidaturas (reveja aqui), o PSOL segue buscando o nome para a disputa pela prefeitura de Salvador. Apesar do “embate” interno, o nome que deve ser confirmado na capital baiana é do ex-candidato ao governo da Bahia, Kléber Rosa.
Interlocutores da legenda indicaram ao Bahia Notícias que Kléber teria a maioria do apoio interno do PSOL, conseguindo “consolidar” a candidatura. Mesmo com algumas alas ainda reforçando a pré-candidatura de Tâmara Azevedo, ex-candidata ao Senado na chapa de Rosa, a tendência é que o maior apoio seja destinado a Kléber. Recentemente, a pré-candidatura de Tâmara foi confirmada como uma “contribuição programática e de ação que priorize os interesses populares: uma candidatura de esquerda para superar a velha política” (veja aqui). A possibilidade aventada é que Tâmara consolide uma candidatura para Câmara, buscando mais espaço para a legenda no legislativo.
O partido, que também é federado com a Rede Sustentabilidade, ainda deve seguir debatendo as possibilidades para a formação da chapa e a composição para a disputa na Câmara de Vereadores. Atualmente, em Salvador, o PSOL possui apenas uma cadeira, ocupada por Laina Crisóstomo – Pretas por Salvador. Interlocutores também indicaram que a ideia seria ampliar a representação no legislativo, conseguindo pelo menos mais uma vaga em 2024.
Além de “pacificar” o partido internamente, com o lançamento de uma candidatura para o Executivo, a legenda também irá debater com a Rede a formatação da chapa de vereadores. A ideia seria que o PSOL pudesse dispor de pelo menos 70% das 44 candidaturas possíveis, destinando 30% dos espaço para a Rede indicar em candidatos. Mesmo com os ajustes, o martelo ainda não teria sido batido quanto a separação das vagas.
Recentemente, o partido realizou o 8° Congresso Estadual da sigla, que também elegeu a nova composição da diretoria executiva estadual do PSOL Bahia. O Conselho Estadual também elegeu Ronaldo Mansur como novo presidente do partido no estado, que substituirá Elze Facchinetti.
CENÁRIO EM SALVADOR
Com a confimação de uma candidatura própria em Salvador, o PSOL pode conseguir receber um apoio “indireto”. O “bate cabeças” pela candidatura de oposição em Salvador ainda tem gerado algumas “teses” entre os políticos do grupo. De acordo com mandatários que ocupam a federação formada por PT, PCdoB e PV, a ausência de nomes com traços ideológicos na disputa pela prefeitura pode gerar o reforço de outras legendas.
A avaliação de vereadores com mandato e postulantes pelo grupo partidário é de que o movimento de não ter “candidatos de esquerda”, propicie o reforço na bancada do PSOL na Câmara soteropolitana. Ao Bahia Notícias, eles sugeriram que o movimento se daria por conta do “voto ideológico” ligado à esquerda, além do conhecido “voto de legenda”, que seria reforçado pela candidatura do PSOL na capital.
Fonte: Bahia Noticias