Colbert Martins disparou ainda que a lei orçamentária teria sido votada sem a presença de todos os vereadores.
22/12/2023 ÀS 08H11, POR MAYLLA NUNES
Com o encerramento das atividades legislativas deste ano e a entrega do projeto de Lei Orçamentária ao Executivo na quinta-feira (22) (veja aqui), o prefeito Colbert Martins Filho, fez duras críticas a presidência da Câmara Municipal após o recebimento do projeto aprovado em plenário e o cancelamento da sessão extraordinária.
De acordo com o prefeito Colbert Martins e em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta sexta-feira (22), o Poder Executivo foi surpreendido com a entrega de “um pacote de papel”, contrariando o regime de uma entrega de orçamento, visto que as propostas também não foram enviadas à Comissão de Finanças da Casa.
“Estamos sendo surpreendidos com uma ação deste tipo. Foram convocadas sessões extraordinárias, com uma lista de aprovações, mas a presidente resolve trancar, fechar as portas do legislativo. Ontem, às 17h40, um funcionário da Câmara trouxe um pacote de papel para dar entrada com um ofício dizendo que era o orçamento. O que estamos vendo e tentando identificar que tipo de comunicação foi essa. Nos surpreende essa atitude da Câmara de Vereadores em não apreciar a nossa proposta orçamentária. Ontem ainda a presidente descumpriu de apresentar a Comissão de Finanças todas as emendas do processo”.
A “falta de comunicação e o desrespeito à população”, segundo o prefeito, é fruto de interesses políticos. Colbert Martins disse ainda que Eremita Mota não tem controle administrativo na Casa da Cidadania, e quem “manda” nas decisões da presidência da Câmara é o “filho”, referindo-se, ao empresário Yuri Guimarães.
“É um orçamento secreto de Eremita, não temos informações de nada, mandaram em forma de um papel. Inclusive, sei de vereadores que não participaram da votação que disse que teve, e nós pedimos judicialmente que apresentasse as emendas e não foi feito. Vamos mais uma vez reiterar judicialmente o pedido dessas revisões para não prejudicar o município de Feira de Santana. Essa atitude não é dos vereadores, a atitude dela é contra a cidade, contra o cidadão. É uma decisão meramente política, ela não decide na Câmara, quem decide é o filho, o comando político ela não faz. Não é possível que alguém não tenha o controle e que destine esse controle para alguém da sua família. Estou dizendo isso porque é um conhecimento totalmente aberto na sociedade, mas hoje, de forma muito escancarada. As reuniões são feitas e quem comanda não é ela”, destacou.
Colbert Martins disparou ainda que a lei orçamentária teria sido votada sem a presença de todos os vereadores, além, de receber o pedido de devolução da Câmara referente ao empréstimo de R$ 155 milhões, que seria utilizado em obras municipais.
“Não tenho ideia. É algo que vai contra a cidade, de interesse político ou outros que eu nem tenho ideia. Essa semana tivemos reunião com vereadores da base e logo em seguida, conversei não com ela, mas com Yuri. Então é rotineiro, digo isso de uma forma aberta. Tenho uma relação, uma solicitação feita ao juiz para determinar a apresentação das emendas todas a comissão de finanças, e eles declararam que não participaram da votação. Se perguntarem, ninguém sabe informar como foi essa votação e nesse momento preciso uma transferência absoluta. Inclusive, devolveu o empréstimo de R$155 milhões e por isso, não será feito o viaduto do Viveiros. Amigos do Nova Esperança, a presidente não quer que seja feita, os do SIM, a presidente não quer a duplicação da Artêmia. Se ela tivesse colocado em votação, com certeza aprovaria”.
Questionado sobre a possibilidade da sanção do orçamento, o prefeito finalizou dizendo que se reunirá com a sua base administrativa, além de vereadores para avaliar o material enviado.
“Vamos fazer uma reunião com o procurador, estamos reunindo os vereadores da nossa base para tomarmos uma decisão conjunta e respeitosa, além e prudente e eu vou observar como será. Vamos analisar os papeis para tomar uma decisão que não prejudique a cidade”, finalizou.
Fonte: Acorda Cidade