Rael Soares Machado, (Sr.Dunga) filho de Sr. Jorge Carneiro Machado e da Sra. Guiomar Soares de Lima, Dunga nasceu no dia 25 de junho de 1950 numa fazenda, dos seus pais, chamada ” Baxão” um lugar produtivo, com muitas fruta e verduras.
” Na minha época de garoto, com dez anos de idade o meu pai, tinha um bananal muito grande e uma área de frutas. Manga, bananas, laranjas frutas em geral. Pegávamos uma carga de frutas, carregávamos nos animais, o Jegue no caso, botávamos dois costados de frutas e na estrada que era próximo de casa vendíamos as frutas ao povo que vinham fazer a feira. Vendíamos as frutas, tudo fiado, pois, normalmente o pessoal levava o dinheiro, mas não tínhamos troco, então ficava para ser pago na volta da feira, nós ficávamos esperando a volta do pessoal e quando voltavam todos pagavam as suas frutas, ninguém ficava devendo nada.”
Com o passar do tempo Sr.Dunga, foi crescendo mais um pouco e aos 12 anos seus pais foram trazendo a mercadoria para Ipirá, entregando a seus clientes. Dona Nanívea, Dona Vitalina, Sr. Pacífico entre outros. ” Nessa época, amansamos um boi, começamos a trazer as cargas de frutas e levarmos para o pessoal e na volta para casa, voltávamos montados no boi” (risos).
Mais ou menos com 15 anos, Sr. Dunga, trabalhou com Wilson Dantas, na sua loja, depois com Manuel da Aroeira, numa sapataria que depois veio ser vendida a Pedrito irmão de Sr. Ruben ficando lá por três anos, logo após saiu da sapataria e foi trabalhar com Orlando Coelho onde hoje localiza-se a ” Casa São Francisco”.
” Em Orlando Coelho trabalhei uns dez anos, sai muito desgastado de lá, com problemas de esgotamento de nervo, caso fosse à época de hoje era uma depressão, mas naquela época era normal. Então logo, após, fiquei um período de dois anos sem trabalhar brincando de boa sem fazer nada. Fiquei nesse tempo me afastando sem ir à praça, só para não ver a turma, os clientes e amigos que compravam comigo em Orlando.
Comecei a namorar Nivalda, hoje a minha esposa e estudando um pouco como iria da continuidade a vida, resolvi comprar uma casa velha, onde hoje é o mercadinho, na época tinha uma tenda de carpinteiro, era uma carpintaria onde só tinha buraco e pó de serra. O antigo dono me vendeu, consegui comprar, eu não tinha o dinheiro todo, mas já tinha a namorada e ela ajudou, peguei o dinheiro emprestado, ela inteirou, e comprei a casa, aos poucos fui consertando o imóvel, nos separamos, mas voltamos e fiz do lugar um barzinho, que inauguramos no dia 23 de março, data que se tornou o nome do bar.
Passei uns 8 anos com o bar, mas achei um pouco arriscado e então fiz uma sociedade com Jânio, meu irmão, montamos uma venda, que durou cerca de 15 anos, porém não estava dando para nós dois e tivemos que nos separar, dividimos meio a meio as mercadorias, separamos numa boa ele, muito trabalhador, conseguiu crescer rápido.
Com o passar do tempo me casei, tive duas filhas (Franciele e Andressa) que foram para Salvador, lá conseguiram se formar e hoje estão trabalhando em Petrolina, onde vez por outra aos finais de semana eu apareço por lá.”
O Ipirá City, resumidamente mostra a história desta figura Ipiraense, Pai, amigo com um caráter ímpar e merecedor da nossa homenagem no quadro ”Personalidade da Semana”.