Por Marcello Neves – Sábado, 9 de janeiro de 2021
A palavra que resume o trabalho de Rogério Ceni no Flamengo é frustração. Não apenas pela derrota por 2 a 1 no clássico diante do Fluminense, na última quarta-feira, mas pela falta de evolução da equipe neste período. São apenas 11 jogos, mas os 48.5% de aproveitamento deixam torcedores e dirigentes insatisfeitos e colocam o treinador com o terceiro pior aproveitamento nos últimos 10 anos.
Sofrendo gols dessa maneira, fica difícil. Mas não podemos desanimar nem nos abater. Faltam 11 rodadas, infelizmente tivemos essa derrota. É continuar trabalhando, fazer a vitória acontecer. Não podemos parar — afirmou o treinador.
Piores aproveitamentos
- Ney Franco (2014) — 14%.
- Cristóvão Borges (2015) — 46%
- Rogério Ceni (2020) — 48.5%
- Mano Menezes (2013) — 50%
- Oswaldo de Oliveira (2015) — 50%
Tal desempenho coloca Ceni à frente apenas de Ney Franco e Cristóvão Borges. No entanto, eles tiveram 14 e 18 jogos, respectivamente, no comando técnico do Rubro-Negro. Ele também está atrás do antecessor, Domènec Torrent, que teve 64,1% em 26 partidas — o quinto melhor desempenho pelo clube.
Melhores aproveitamentos
- Jorge Jesus (2019-2020) — 81,3%.
- Abel Braga (2019) — 71%
- Carpegiani (2018) — 70,6%
- Dorival Júnior (2018) — 66,7%
- Domènec Torrent (2020) — 64,1%
Ao todo, Rogério soma quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. Um dos motivos de críticas é que, devido às eliminações recentes na Libertadores (nas oitavas de final para o Racing) e na Copa do Brasil (nas quartas para o São Paulo), o Flamengo está tendo semanas livres para treinar e não enfrentou surtos de Covid-19 no elenco.
Com os resultados da 28ª rodada do Brasileirão, o Flamengo foi ultrapassado pelo Internacional e agora está na quarta posição. A diferença para o líder São Paulo, contudo, permanece sendo de sete pontos.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), para enfrentar o Ceará, no Maracanã.