Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais da metade da população desconhece que sofre de diabetes, uma doença que muitas vezes é assintomática e se desenvolve gradualmente ao longo do tempo.
Conforme revelado pela décima edição do Atlas do Diabetes, publicado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em 2021, o número global de pessoas afetadas pela doença alcança a marca alarmante de 537 milhões.
Estudos sobre diabetes têm sido uma área de intensa pesquisa científica, com foco não apenas na compreensão dos mecanismos subjacentes à doença, mas também na busca por formas de prevenção, tratamento e, idealmente, cura.
Andrezza Silvano Barreto, enfermeira da Vuelo Pharma, explica que o diabetes não é uma condição única, existem diferentes tipos, cada um com suas próprias características distintas.
O diabetes tipo 1, por exemplo, é uma doença autoimune que geralmente se desenvolve na infância ou adolescência e requer tratamento com insulina.
“No diabetes tipo 1, o pâncreas enfrenta a incapacidade de produzir insulina, um hormônio essencial no processo de transformação dos alimentos em energia”, detalha a enfermeira.
Para os pacientes afetados por essa condição, é crucial monitorar de perto os níveis de açúcar, ou glicose, no sangue, e administrar insulina diariamente, seja por meio de injeções ou por uma bomba.
O Reino Unido possui cerca de 300 mil pessoas com diabetes tipo 1, incluindo cerca de 29 mil crianças, situação que fez com que o país se tornasse o primeiro a oferecer ‘pâncreas artificial’ na rede pública.
O pâncreas artificial tem o propósito de prevenir episódios de glicose sanguínea alta ou baixa, que representam um risco significativo para a vida dos pacientes com diabetes tipo 1.
Além de proporcionar um controle mais efetivo da glicose, esse dispositivo também contribuirá para a redução do risco de complicações associadas à doença, tais como problemas cardíacos, renais e oftalmológicos.
Complicações do diabetes: Os riscos silenciosos que devemos conhecer
Além do controle glicêmico inadequado, o diabetes está associado a uma série de complicações graves, que podem afetar quase todos os órgãos do corpo.
Desde problemas cardiovasculares até danos nos rins, olhos e nervos, as complicações do diabetes representam uma carga significativa para os pacientes e o sistema de saúde como um todo.
As feridas em pessoas com diabetes, conhecidas como úlceras ou feridas diabéticas, são uma complicação grave e comum associada a essa condição. Elas se desenvolvem devido a danos nos nervos (neuropatia diabética) e vasos sanguíneos (vasculopatia diabética).
“A neuropatia pode causar perda de sensibilidade nos pés e pernas, tornando mais difícil para o paciente perceber lesões ou infecções. Além disso, a vasculopatia prejudica o fluxo sanguíneo para os tecidos, o que retarda a cicatrização de feridas”, explica a enfermeira da Vuelo.
O tratamento das feridas diabéticas geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir limpeza e desbridamento da ferida, controle da glicemia, cuidados com os pés, uso de curativos especiais, terapia com oxigênio hiperbárico e, em casos mais graves, cirurgia.
Entre os curativos mais recomendados para esse tipo de lesão está a Membracel, uma membrana de celulose que promove a cicatrização rápida e uniforme da pele, reduzindo o tempo de recuperação e o risco de complicações. Além disso, alivia a dor já na primeira aplicação, proporcionando mais praticidade e conforto ao paciente.
“De maneira geral, diabéticos têm dificuldade de cicatrização da pele e, por esse motivo, é essencial utilizar curativos especiais que otimizem esse processo. A Membracel também cria uma barreira protetora que impede a entrada de agentes externos, prevenindo infecções e promovendo uma cicatrização mais segura e eficaz”, finaliza a enfermeira.
As feridas diabéticas representam um desafio significativo para os pacientes e profissionais de saúde, exigindo uma abordagem proativa e cuidadosa para prevenção, tratamento e manejo adequado.
*Fonte: Saúde news / Foto: Pixabay