Os moradores do município de Pindaí, na Região de Guanambi, ficaram orgulhosos do destaque dado por uma reportagem do Fantástico deste domingo (8) a uma conterrânea, mas especificamente do distrito de Guirapá.
A cientista Jamile Ramos da Silva, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), foi personagem da matéria sobre a bioquímica húngara Katalin Karikó. Ela é especialista em mecanismos mediados por RNA e foi ganhadora do Nobel de Medicina ao lado de seu parceiro de pesquisas, Drew Weissman, médico e cientista estadunidense.
A dupla está recebendo diversos prêmios pelo mundo pelas contribuições de suas pesquisas para o desenvolvimento de vacinas, sobretudo aquelas usadas no controle da Covid-19.
Jamile apareceu na reportagem por ter sido orientada por Katalin durante seu doutorado. Juntas, com a participação de outros autores, elas publicaram um artigo científico sobre o uso de vacinas no combate ao HPV (Papilomavírus Humano), um grupo de vírus transmitido principalmente por contato sexual, geralmente associado ao desenvolvimento de verrugas genitais e cânceres, como o de colo do útero.
Na entrevista, ela contou como conseguiu ter a ganhadora do Nobel de Medicina como sua orientadora. Foi por meio de um e-mail, enviado em 2018, que a parceria teve início. Ela foi super aberta… respondeu pela primeira vez com um emoticon, de carinha feliz, né. Eu queria fazer meu doutorado com ela… nunca foi difícil o acesso a ela, encontrei pessoalmente. Ela já era uma estrela do momento, mas era uma pessoa normal, como a gente”, disse Jamile ao repórter.
O trabalho conjunto ocorreu durante parte do doutorado na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Atualmente, a pindaiense está no Brasil, com seu doutorado já concluído. No entanto, seus trabalhos de desenvolvimento de vacinas continuam na USP, agora como pesquisadora de uma startup chamada ImunoTera, fundada com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de produtos com fins terapêuticos.
Currículo: seu foco como cientista, de acordo com seu currículo Lattes, está no desenvolvimento de duas vacinas baseadas em RNAm autoreplicativo, associado a diferentes métodos de entrega contra Sars-Cov-2 (Covid-19).
Sua trajetória incluiu como primeira formação acadêmica a conclusão do curso técnico em Zootecnia no ano de 2008 na então Escola Agrotécnica Federal, hoje Instituto Federal Baiano (IF Baiano), Campus Guanambi. Logo em seguida, ela ingressou na graduação de Biotecnologia, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), de onde seguiu para o mestrado e doutorado na USP.
A cientista acumula em seu currículo diversas participações em eventos e publicações em periódicos nacionais e internacionais.
Veja a reportagem completa contando a trajetória de superação da doutora Katalin Karikó no site do Fantástico
Fonte: Agência Sertão
