Mulher de 46 anos morreu devido à infecção pelo vírus no dia 15 em Beni, cidade localizada no Kivu do Norte
Autoridades de saúde da República Democrática do Congo, na África, declararam o ressurgimento do Ebola na segunda-feira (22), após a confirmação de um caso na província de Kivu do Norte.
Uma mulher de 46 anos morreu no dia 15 em Beni, uma cidade localizada no Kivu do Norte. Ela recebeu atendimento no Hospital de Referência de Beni, inicialmente para outras doenças, mas posteriormente exibiu sintomas característicos aos da infecção pelo vírus Ebola.
As filiais de Beni e Goma do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica do país confirmaram o vírus Ebola em amostras coletadas da paciente. As análises mostraram que o caso estava geneticamente ligado ao surto de Ebola de 2018-2020 nas províncias de Kivu do Norte e Ituri – o maior e mais longo do país.
“Os ressurgimentos do Ebola estão ocorrendo com maior frequência na República Democrática do Congo, o que é preocupante. No entanto, as autoridades de saúde do Kivu conseguiram impedir vários surtos e, com base nessa experiência, sem dúvida, isso será controlado rapidamente”, disse Matshidiso Moeti, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, em comunicado.
Especialistas da OMS e autoridades de saúde na República Democrática do Congo trabalham para conter a propagação da doença, tendo identificado 160 contatos, que estão sendo monitorados. As investigações estão em andamento para determinar o status vacinal do caso confirmado.
Segundo a OMS, existem 1.000 doses das vacinas contra o Ebola disponíveis no estoque do país, 200 das quais serão enviadas para Beni esta semana. Ainda de acordo com a OMS, a vacinação em anel – em que são vacinados os contatos e possíveis infectados para conter a propagação do vírus – deve começar em breve.
O último surto na zona de saúde de Beni, no Kivu do Norte, foi controlado em cerca de dois meses, terminando em 16 de dezembro de 2021. Houve 11 casos, sendo oito confirmados e três prováveis, incluindo seis mortes.
Fonte: CNN Brasil