O retinoblastoma é uma neoplasia que se desenvolve na retina e atinge geralmente crianças abaixo de cinco anos de idade
Hoje é o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma (18/09). A doença é um tipo raro de câncer que se desenvolve na retina, camada de tecido sensível à luz que reveste a parte interna do olho.
“Esta é uma parte crucial do sistema visual humano, pois desempenha um papel fundamental na captação de informações visuais e no envio dessas informações ao cérebro para processamento”, explica a Dra. Delise Bigatton Biasi, médica oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).
A condição, geralmente, afeta crianças pequenas, sendo mais comum em crianças com menos de cinco anos de idade. Segundo a médica, os principais fatores de risco para o retinoblastoma incluem mutações genéticas (hereditárias e não hereditárias). “Ter um histórico familiar da doença aumenta o risco”, afirma.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas do retinoblastoma podem incluir um reflexo branco na pupila (leucocoria), olhos desalinhados (estrabismo) e baixa ou perda de visão. Já o diagnóstico é geralmente feito pelo oftalmologista através de exames oculares, incluindo o exame do reflexo pupilar e o fundo de olho.
Retinoblastoma tem cura?
Conforme a Dra. Delise, não é possível prevenir o retinoblastoma, pois a maioria dos casos tem causa em mutações genéticas aleatórias. “No entanto, a detecção precoce é fundamental para um tratamento eficaz”, afirma a oftalmologista.
O tratamento do retinoblastoma depende da extensão da doença – as diferentes opções incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “As chances de cura existem, especialmente quando o diagnóstico é precoce. Contudo, o prognóstico pode variar com base na gravidade da doença”, explica a médica.
Delise destaca a importância da conscientização do exame oftalmológico de rotina para a detecção precoce dessa e outras doenças oculares. “E na ocasião do diagnóstico, o suporte emocional às famílias afetadas pelo retinoblastoma é de extrema importância”, salienta.
Fonte: Saúde em dia