Na tarde da segunda-feira (31), Ivonete Santos, a filha da dona Damiana dos Santos, assassinada e encontrada enterrada no quintal de sua casa em 2019, na Rua da Linha, em Santo Antônio de Jesus, procurou o Voz da Bahia e em entrevista afirmou que o réu confesso do crime será levado a julgamento nesta quinta-feira (03) no Fórum Wilde Oliveira Lima. Dona Damiana na época tinha 55 anos (relembre o caso aqui e aqui).
Ivonete colocou que é uma vitória, “não foi fácil descobrir há época que foi ele, Antônio dos Santos Borges, hoje 47 anos, ex-companheiro da minha mãe dona Damiana e autor do crime e colocá-lo atrás das grades (relembre aqui). Uma tarefa difícil, os policiais começaram a procurar a fundo, pediam para ver o bar em que eles trabalhavam juntos, mas ele nunca deixava, estava sempre fechado. Num dia que ele foi levar o carro para consertar armaram uma emboscada para ele, alguém avisou para a polícia, e, nessa altura pegaram ele. Os policiais entraram no fundo da casa de um vizinho para olhar o quintal da minha mãe, aí desconfiaram de uma terra mexida em baixo das caixas de cerveja, nisso, eles pediram para entrar. As pessoas gostavam muito da minha mãe, mas com ele lá as pessoas até me falavam ‘gosto muito da sua mãe, mas vou parar de ir ao bar dela, porque o marido dela é uma pessoa muito desagradável, muito ignorante, então estamos se afastando do bar da sua mãe’”, explica.
A filha ainda expôs ao Voz da Bahia que tudo se iniciou com o filho dela, “ele estava indo para o bairro do Andaiá, num supermercado, e passou na casa da avó, chegando lá ele viu o assassino da minha mãe tomando conta do bar, e minha mãe não gostava de deixar ele no bar, ela não confiava nem um segundo nele, foi aí que meu filho desconfiou, começou a perguntar pela avó e está é a história que vocês já conhecem. Ele está preso na Lemos de Brito em Salvador, graças a Deus vai a júri popular agora, quinta-feira (03), às 8h da manhã está marcado no fórum. Minha mãe faz muita falta, eu daria tudo para tê-la aqui”, diz.
Ivonete ainda convida a população, amigos e parentes da vítima para que compareçam ao julgamento, “não foi apenas um crime ou uma morte simples, foi algo bárbaro contra a minha mãe. Estejam comigo para que nenhum outro assassino venha a cometer o ato que ele cometeu. Creio que Deus fez a justiça, resta agora a dos homens”, finaliza.
Reportagem: Voz da Bahia