Em entrevista à Rádio Metrópole, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari frisou que a categoria colabora com as negociações
Por Juliana Rodrigues no dia 15 de Fevereiro de 2021 ⋅ 12:50
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, falou hoje (15), em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, sobre a luta dos empregados da Ford para obter indenizações trabalhistas após o fechamento da fábrica da montadora na cidade da Região Metropolitana de Salvador. Ontem (14), após apresentar recurso, a Ford conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho da Bahia, a fim de reformar parcialmente uma decisão anterior, que impedia a demissão dos funcionários sem acordo coletivo. Com a nova liminar, caso as negociações sejam frustradas, a Ford está liberada pelo tribunal a demitir os empregados.
“Quero tranquilizar a todos os trabalhadores, porque a Ford só vai poder fazer qualquer desligamento a partir da finalização das negociações. A gente continua negociando, ela tem a obrigatoriedade legal de continuar pagando os salários, ela não pode fazer nenhum tipo de assédio moral para os trabalhadores. Nós também estamos fiscalizando em uma grande vigília, estamos há 24h na porta da fábrica, dia e noite, para fiscalizar se a empresa não vai dar o calote e retirar os maquinários de dentro da fábrica”, disse Júlio Bonfim, acrescentando que os caminhoneiros enviados ao local para remover equipamentos são desencorajados pelos sindicalistas.
O presidente do Sindicato frisou que a categoria colabora com as negociações. Segundo ele, uma reunião com a mesa diretora da Ford está marcada para hoje, às 14h. Também haverá uma nova audiência de conciliação no TRT-5 nesta quinta-feira (18). “O Ministério Público tem feito um papel importantíssimo de colaborar e nos ajudar nessas negociações junto à Ford e à Justiça do Trabalho. Está difícil, mas não vamos desistir. Todos nós queremos uma reparação justa, não queremos o que a Ford está querendo impor nas negociações, com pressão, tensionamento”, afirmou.
Fonte: Metro 1