Por Gleidson Souza (Ipirá City)
Na época da Segunda Guerra Mundial, muita gente do Nordeste foi levada pra Amazônia pra tirar borracha. Diziam que era pra ajudar o Brasil e os Estados Unidos na guerra, que iam ganhar dinheiro, ter casa boa, comida, e que seriam tratados como heróis. Mas não foi bem assim.
Esses homens, que ficaram conhecidos como Soldados da Borracha, sofreram demais. Trabalharam no meio da mata, enfrentando doenças, fome, bichos perigosos, e sem nenhum apoio. Muitos ficaram devendo pros donos das terras, que cobravam caro por tudo: comida, ferramentas, até o lugar pra dormir. Era como se fossem escravos, presos por dívidas que nunca acabavam.
O pior é que tanto o governo do Brasil quanto o dos Estados Unidos sabiam disso, mas fingiram que não viram. Usaram esses trabalhadores e depois esqueceram deles. Prometeram ajuda, pensão, reconhecimento… mas quase ninguém recebeu nada. Muitos morreram lá mesmo, sem conseguir voltar pra casa.
Hoje, lembrar dos Soldados da Borracha é dar valor a quem foi esquecido. Eles merecem respeito, justiça e que a história deles seja contada com verdade. Porque foram homens simples, mas fizeram muito pelo país — e não podem ser deixados pra trás.
Imagem: Inteligência Artificial
