Apresentações começam nesta sexta-feira (1º/9), no Sesc Niterói, no Rio; confira programação
O Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio inicia nesta sexta-feira (1º/9), uma série de leituras dramatizadas em homenagem ao icônico cronista Sergio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta. Essas leituras, baseadas em trechos de suas crônicas, são uma iniciativa para apresentar sua obra às novas gerações. A entrada é gratuita, e a classificação indicativa é para maiores de 12 anos.
O projeto, intitulado “Sérgio Porto, 100 anos de humor e a alma carioca”, foi contemplado no edital Sesc Pulsar e foi selecionado em um edital da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro em 2021. Sergio Porto teria completado 100 anos em janeiro deste ano.
As leituras dramatizadas incluem trechos de crônicas de seus livros mais conhecidos, como “Tia Zulmira e Eu”, “Primo Altamirando e Elas”, “Garoto Linha Dura” e “Febeapás – Festival de Besteiras que assola o país”. Sergio Porto é reconhecido por ser um dos maiores intérpretes da alma carioca e por sua linguagem jornalística revolucionária, caracterizada pelo humor e irreverência.
O evento é uma oportunidade única de mergulhar na obra desse importante cronista brasileiro, que usava o humor para retratar ironicamente os acontecimentos políticos dos primeiros anos dos governos militares. Ele se tornou um ícone do humorismo político nacional com seu “Febeapá”.
Programação – As rodas de leituras começam no Teatro do Sesc Niterói em 1º de setembro às 15h. Posteriomente, serão realizadas nas seguintes unidades do Sesc: Quitandinha (dia 9), às 15h; Barra Mansa (14), às 14h; Nova Iguaçu (30), às 15h; Tijuca (5 de outubro), às 15h; Duque de Caxias (7), às 15h; Três Rios (26), às 14h; e Madureira (14), às 16h.
Os encontros proporcionarão ao público uma imersão na perspicaz visão de Sergio Porto sobre a vida carioca e brasileira.
Quem foi Sérgio Porto
Stanislaw Ponte Preta (1923-1968), psudônimo de Sérgio Porto, foi um proeminente escritor, cronista, jornalista e radialista brasileiro, que revolucionou a linguagem jornalística com seu estilo cheio de humor e irreverencia. O Festival de Besteiras que assola o país – Febeapá, criado em 1966, retratava com ironia os acontecimentos dos primeiros anos dos governos militares e consagrou o autor como um ícone do humorismo político nacional.
Outra característica marcante de Sergio Porto, além do humor, era a experiência urbana. Ele conseguiu unir o Rio de Janeiro – partido entre a zona norte e a zona sul – expressando aspectos dos cariocas, com suas alegrias, tristezas, angústias e anseios, imprimindo um olhar atento ao que havia de mais popular – a simplicidade e o humor carioca.
Os personagens da família Ponte Preta idealizados por ele – englobando Tia Zulmira, primo Altamirando e Rosamundo – são ricas criações de um autor que observava e assimilava o modo de viver popular. Em sua memória, um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim, em 1969.
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com informações da Agência Brasil