Por Leone Costa – Portal Ipirá City – 12 de novembro de 2018
Inicio isto aqui dizendo algo óbvio: essa música propõe zoofilismo e o povo canta naturalmente, na verdade, creio eu que nem olham a letra do que está sendo proposto, o rítmo é bom? Vamos dançar!
Assim também é a história política de Ipirá, pois, como é que conhecemos um candidato ao cargo público eletivo?
A resposta é simples por ser complexa, escolhe-se pelas propostas, ideias e coerência entre discurso e prática, quando o então prefeito Marcelo Brandão fora eleito, questionei pesadamente o plano de governo, principalmente o que tange à educação que era conceitualmente inóquo, mas por que dizer estas coisas?
Discuto muito com pessoas respeitadas no meio político ao qual constantemente alerta-me: Mas Leone, o povo não liga pra isso… bem, primeiro passo para a população ligar é dar-lhe a noção da importância do plano de governo, porque ele que rege o pensamento político. E isto não restringe-se ao executivo, mas também ao legislativo que é aonde quero chegar no presente momento. Aí pergunto: É papel do vereador dar auxílios individuais?
-Não é, sabemos disto, mas Ipirá é uma carência total, porém aí está o problema e a solução ao mesmo tempo. Ora, se a câmara de vereadores fosse atuante na fiscalização, monitoramento criativo, estudo técnico do cargo e fosse propositivo, nosso povo já estaria em outra situação; é preciso acreditar na inteligência da nossa gente. Eu disse uma vez que existe uma bomba na câmara, seja por falta de vontade, de conhecimento técnico, de comprometimento com a coisa pública, ou por fim, desamparo moral. Situação tem que ser situação, oposição tem que aprender a ser oposição. Quando a câmara é aguerrida, insistente e propositiva, o executivo se conserta nem que seja na marra, ou vai embora caso haja irregularidades que tipifiquem (por lei expressa) dolo direto cometido pelo executivo à coisa pública. Precisamos ter coerência, ela está fugida, a boa e velha lucidez que anda corrida. Se a câmara propõe e fiscaliza, o poder executivo se ajeita à conduta normativa, existem ações bem pontuais, tipo: vereador x fez uma copa, y fez uma estrada, isso é ótimo, mas é microestrutura, quando precisamos de macroestruturas [… ] como trazer emprego e renda para nosso município através de políticas públicas?
Tarzan fugiu com a Chita e desde que me dou por gente a câmara de vereadores de Ipirá fugiu com a lucidez, aí alinhado com prefeitos ruins (tivemos vários exemplos) a gestão trava, pára e não consegue respirar porque não tem uma coisa chamada expertise programada, não existe estudo das leis, de suas possibilidades e alternativas. Porém, nunca fui de criticar sem dar uma saída possível: Para a população é votar melhor, ver propostas e não favores, propostas ficam e consolidam a sociedade, favores é individual e momentâneo e tira sua dignidade moral de reivindicação. Para os vereadores (muitos que tenho o máximo de respeito e camaradagem até) recomendo leitura, estudo, fiscalização e proposições, é para isso o pagamento público daqueles que são eleitos; e de quebra, incentivem à educação e a cultura, nossos jovens estão desamparados não porque são “vadios”, mas sim porque estão a ver navios, sem um espaço cultural, sem uma área de lazer, sem uma participação efetiva como sociedade. Aí ficam procurando o Tarzan e a Chita todo domingo tomando uma (ou várias) cervejas e é só isso mesmo, fica nisto…