Ato heroico do adolescente de 16 anos, jogador de futebol na escola, já deu origem a uma petição a pedir que o estádio seja rebatizado com o seu nome: Tate Myre.
Quarta, 1 de dezembro de 2021
ate Myre, de 16 anos, foi uma das três vítimas mortais do tiroteio numa escola secundária no Estado norte-americano do Michigan (EUA), e está a ser notícia pelo seu ato heroico.
O adolescente, jogador de futebol americano na escola, foi baleado enquanto tentava proteger os seus colegas, tendo mesmo tentado desarmar o atirador, um jovem de 15 anos, refere uma petição entretanto criada.
“Tate não é apenas um herói para os colegas do colégio de Oxford, mas uma lenda. O seu ato de bravura deve ser lembrado para sempre e transmitido de geração em geração”, pode ler-se.
A petição, que já reúne mais de 50 mil assinaturas, pretende que o nome do estádio universitário Wildcat Stadium seja alterado, passando a chamar-se Tate Myre Stadium em homenagem ao adolescente.
Arma usada foi comprada pelo pai do suspeito
Em conferência de imprensa, o xerife de Oakland County, Michael Bouchard, disse que os pais do suspeito, um jovem de 15 anos, proibiram o seu filho de falar às autoridades e contrataram um advogado para a sua defesa. “Não tivemos uma conversa com ele ou com os seus pais, por isso não há cooperação a esse respeito”, disse Bouchard.
Como menor, o suspeito foi colocado num centro de detenção juvenil na terça-feira depois de ter sido detido pelas autoridades, estando sob vigilância intensiva a cada 15 minutos para o impedir de cometer suicídio.
Segundo o relato de Bouchard, o estudante entrou na Oxford High School com a arma na mochila e foi para a casa de banho. Pouco depois, saiu com uma pistola Sig Sauer de 9 milímetros na mão e começou a disparar contra diferentes estudantes que se encontravam perto da casa de banho. A arma em causa foi comprada há quatro dias pelo pai do suspeito.
Além de Tate, morreram duas raparigas, Hana St. Juliana, de 14 anos, e Madisyn Baldwin, de 17 anos, estudantes do liceu, que tem cerca de 1.800 alunos.
Sete outros alunos, dois dos quais estão em estado crítico com ferimentos de bala no peito, e um professor foram feridos, segundo Bouchard. Em minutos, “entre dois e três”, segundo o representante da polícia, os agentes conseguiram deter o suspeito.
O atirador não foi ferido e “rendeu-se sem problemas”, sem dizer nada aos oficiais, de acordo com Bouchard.