Ag. A Tarde – Puxada por uma queda recorde no número de pessoas trabalhando, no segundo trimestre de 2020, a taxa de desemprego na Bahia subiu para 19,9%, frente a 18,7% no primeiro trimestre e 17,3% no segundo trimestre de 2019. Foi a maior taxa de desocupação do país e um novo recorde para o estado desde o início da série histórica, em 2012.
A méda nacional foi de 13,3%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda que do primeiro para o segundo trimestre, 824 mil pessoas perderam o trabalho na Bahia.
O recuo de -14,4%, fez a população ocupada passar de 5,700 milhões para 4,876 milhões, chegando ao seu menor patamar na série histórica, iniciada em 2012.
A perda de postos de trabalho do primeiro para o segundo trimestre foi generalizada no estado, atingindo todos os 10 grupamentos de atividades investigados, algo que nunca havia sido verificado em toda a série histórica da PNAD Contínua.
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O levantamento apontou ainda que, frente aos três primeiros meses do ano, o número empregados sem carteira assinada caiu -29,7% e chegou a 684 mil, o que representou menos 289 mil trabalhadores nessa situação.
Os trabalhadores por conta própria (1,444 milhão de pessoas) tiveram a segunda maior redução, em termos absolutos: 249 mil deles deixaram de trabalhar entre o primeiro e o segundo trimestre, -14,7%.
Com o maior percentual de recuo (-33,0%), os trabalhadores domésticos sem carteira assinada (206 mil pessoas) vieram em quarto lugar no saldo negativo, com menos 101 mil pessoas trabalhando dessa forma, conforme a pesquisa.
O contingente de empregados do setor público (857 mil pessoas) foi o único que cresceu na Bahia, no 2º trimestre, tanto na comparação com o 1º trimestre (+8,9% ou mais 70 mil trabalhadores) quanto em relação ao 2º tri de 2019 (+14,0% ou mais 105 mil pessoas).