Em entrevista ao Acorda Cidade, na última quinta-feira (7), a infectologista Melissa Falcão, que integrou o Comitê de Combate à Covid em Feira de Santana, tranquilizou a população quanto a este momento.
Por Laiane Cruz
As taxas zeradas de internamentos nas unidades de saúde do município e do estado, bem como o número pequeno de novos casos diários de covid-19, permitiram que a prefeitura de Feira de Santana ampliasse a flexibilização das medidas de restrição contra o coronavírus da cidade, incluindo a liberação das máscaras em ambientes abertos e fechados.
Em entrevista ao Acorda Cidade, na última quinta-feira (7), a infectologista Melissa Falcão, que integrou o Comitê de Combate à Covid em Feira de Santana, tranquilizou a população quanto a este momento, mas reforçou a importância de manter os cuidados e a vacinação em dia para que essa flexibilização seja prolongada.
“As medidas de combate à covid vão sendo flexibilizadas, à medida que o nosso momento epidemiológico melhora. Estamos sempre melhorando em relação à covid nos últimos dias e isso permitiu que fosse liberada a máscara em ambientes fechados e a manutenção dessa taxa de internamentos zerada e a quantidade pequena de casos positivos diários, permitiu que isso fosse liberado. É claro que tem que ter uma precaução aquelas pessoas com baixa da imunidade, idosos, ou em locais de maior risco de aquisição, onde é ideal que seja utilizada a máscara, e as pessoas vão ter o livre-arbítrio de utilizar ou não em determinados ambientes. Já pessoas com sintomas respiratórios, mesmo que não seja por covid, como coriza, tosse, devem utilizar a máscara para proteger as outras”, destacou Melissa Falcão.
A infectologista orienta que as pessoas completem o esquema vacinal com a terceira dose contra a covid, assim como para outras doenças.
“Vemos que essa resistência tem acontecido não só em relação à covid, mas também com outras vacinas do nosso calendário vacinal, que tem sido deixado de lado. A maior preocupação é que foram muitas fake news, muitas notícias falsas em relação à vacina de covid e isso começa a fazer com que as pessoas que sempre tomaram as vacinas e nunca se questionaram em relação à segurança delas, passem a se questionar, muitas vezes sem entender sobre isso, e começa um medo injustificado na população”, ressaltou.
Com relação ao risco de contaminação, a especialista em saúde pública afirmou que nos locais abertos há uma maior troca de ar e as pessoas costumam ficar mais distantes, portanto o risco de contrair a covid é menor. Já em ambientes fechados, as pessoas ficam mais próximas, e uma pessoa contaminada tem mais chance de contaminar outras naquele ambiente.
“Os baixos índices são uma consequência da vacinação, então a aderência da segunda dose foi muito grande e precisamos melhorar mais a aderência da terceira dose pelas pessoas da nossa cidade, mas vimos que a 1ª e 2ª diminuiu mais os números de gravidades e mortes, sem dúvida uma resposta muito boa. Estamos no momento adequado de tirar todas essas flexibilizações, mas pedimos que a população continue atenta, pois o vírus não vai nos deixar. Ainda há riscos, e períodos de aumento dos casos, e o risco de gravidade será para aquelas pessoas com sua vacinação incompleta. Porém, entendemos o livre arbítrio de cada um. Fornecemos todas as informações necessárias em relação à segurança da vacina, e estamos aqui para apoiar em qualquer momento que aconteça um novo aumento. A intenção maior é a proteção das pessoas vacinadas e não vacinadas.”
Campanha de Vacinação contra a Gripe
Melissa Falcão convidou ainda a população que faz parte do público-alvo a se vacinar contra a gripe. Uma vez que, após o surto de H3N3 que acometeu todo o país, a nova vacina já inclui essa nova cepa do vírus.
“Em relação ao surto de gripe H3N3 que acometeu o país, já passou. Essa é uma característica desses surtos de gripe, não é uma situação prolongada. Atinge uma grande quantidade de pessoas e passa, até a próxima temporada. E a vacina de gripe que está disponível na campanha que começou dia 4 de abril inclui o vírus H3N2, H1N1 e Influenza B.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.