Tecnologias de monitoramento ambiental auxiliam na proteção do Cerrado baiano

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A força tarefa montada pelo governo do Estado pretende coibir o desmatamento ilegal do bioma Cerrado

Tecnologias de sensoriamento remoto, com uso de drones e imagens de satélite, tem se mostrado importantes aliadas na Operação Mata do Guará, uma força-tarefa montada pelo Governo do Estado para coibir o desmatamento ilegal do bioma Cerrado. Liderada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), com apoio tático da Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (Cippa), as equipes da fiscalização ambiental estão em campo, desde o último dia 23, inspecionando propriedades rurais com indícios de supressão ilegal da vegetação nativa.

Já no primeiro dia de operação, foi possível constatar os benefícios destas ferramentas tecnológicas com a constatação de irregularidades com vestígios de queima de vegetação e corte ilegal de pequizeiros (Pequi), espécie frutífera típica do Cerrado.

“Essas imagens são processadas com o auxílio de softwares especializados para identificar mudanças na cobertura vegetal, emitindo esses alertas que estamos verificando em campo. São recursos tecnológicos que chegaram para agregar ao trabalho executado pelos servidores para identificar desmatamentos em curso e mensurar os danos causados”, explica o geógrafo da diretoria de Fiscalização do Inema, Ricardo Chaves.

Durante o planejamento da operação, técnicos do órgão ambiental realizaram um mapeamento prévio das áreas e propriedades rurais a serem fiscalizadas, analisando imagens geradas por cerca de 180 satélites, reunidas pela plataforma RedeMAIS do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal.

O especialista e operador de drones do Inema, Adelaido de Souza, explica que através do sensoriamento remoto é possível monitorar com maior precisão e rapidez locais de difícil acesso. “Os drones são equipados com câmeras de alta resolução que conseguem capturar imagens de áreas com grandes extensões e de locais que são praticamente impossíveis de alcançar por terra. A combinação dessas tecnologias oferece uma visão detalhada e precisa das áreas afetadas, fornecendo ao técnico, que está em campo, subsídios necessários para uma intervenção imediata”, pontuou.

A ação visa garantir o cumprimento da legislação ambiental e fortalecer a proteção ambiental no Oeste da Bahia, região onde predomina o bioma Cerrado. São várias frentes de atuação, composta equipes multidisciplinares preparadas para avaliar e efetuar as medidas necessárias para interromper os possíveis crimes ambientais.

Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado ocupada cerca de 22% do território nacional e pode ser encontrado principalmente na região Centro-Oeste. Também é conhecido como savana brasileira e possui uma grande biodiversidade e importância social, cultural, econômica e ambiental.

Em seu território encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Brasil (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata) e o aquífero Urucuia. Lar de muitas espécies a exemplo da flora, com aroeira, braúna, arnica, e da fauna com o tamanduá-bandeira e o lobo-guará, este último ameaçado de extinção e que dar nome a operação.

Fonte: Bahia.ba / Foto: Diego Sobreira – Ascom/Sema

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