Um tremor de terra foi sentido pelos moradores de alguns bairros de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.
O fenômeno ocorreu a 00h42 da quarta-feira (28) e registrado pelos dois principais centros sismológicos do país, o da Universidade de Brasília (UnB) e o da Universidade de São Paulo (USP), que registraram o tremor com 2.8 e 2.9 graus na escala Richter, respectivamente.
Um pesquisador do Centro Sismológico da Universidade de Brasília está analisando o local em que ocorreu o fenômeno para identificar possíveis danos. O relatório preliminar dos tremores será apresentado na segunda quinzena de janeiro.
A região não registrava esse fenômeno desde o dia 24 de novembro, quando os centros sismológicos registraram um tremor de magnitude 2.2. O fenômeno, que não ocorria na cidade desde 2017, voltou com maior frequência este ano.
De acordo com dados da UnB, foram registrados 53 tremores em 20 cidades mineiras, 12 deles em Sete Lagoas, com intensidade variando entre 1.9 e 3.0.
Já a USP identificou 81 abalos em 21 municípios de Minas Gerais, sendo 20 deles em Sete Lagoas, com tremores variando entre 1.5 e 2.9.
Para ambos os centros sismológicos, o município mineiro campeão em tremores é Divinópolis, com 17 ocorrências segundo a UnB, e 36 casos de acordo com a USP, todas entre janeiro e fevereiro desse ano.
De acordo com informações do professor Marcelo Assumpção do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, sismos de magnitude 3,0 são bastante comuns no Brasil e em Minas Gerais.
O estado já presenciou sismos de magnitude bem maiores, como os de São Francisco em 1931 e o de Itacarambi em 2007, no norte do estado, ambos com magnitude 4,9 e intensidades máximas.
Em todo o país, foram 125 tremores registrados pela UnB e 166 pela USP.
Segundo o professor George Sand, pesquisador do Centro Sismológico da UnB que chegou à Sete Lagoas para coletar informações dos sismógrafos instalados na cidade, possivelmente trata-se de um fenômeno natural.
“Não tem influência externa. Um tremor dessa magnitude teria que ser uma explosão muito grande para causar esse tremor que afete a população”, disse ele. “Não tem influência externa. Um tremor dessa magnitude teria que ser uma explosão muito grande para causar esse tremor que afete a população”, disse ele.
“Agora, precisamos analisar o local exato em que esses fenômenos ocorrem e identificar possíveis danos”, afirma.
“As falhas geológicas estão sob pressão o tempo todo e Sete Lagoas tem regiões de falhas que às vezes se deslocam, provocando os tremores, mas são magnitudes baixas (abaixo de 3.0 na escala Richter)”, lembra o pesquisador.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Sérgio Andrade, reforça que, em caso de notar rachaduras ou trincas na residência após um tremor, o cidadão deve acionar imediatamente a Defesa Civil pelo 153.
“Estamos atuantes desde o primeiro abalo registrado esse ano e monitorando constantemente as regiões onde os abalos são registrados. Até o momento não tivemos nenhum registro oficial ou chamado de danos materiais ou humanos”, afirma.
Fonte: CNN