Esconderijo fica no subsolo de um hospital de Beirute, no Líbano, e era usado como centro financeiro do grupo extremista. Local estava sendo vigiado por Israel há anos.
As Forças de Defesa de Israel anunciaram ter encontrado um bunker do grupo extremista Hezbollah com mais de US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em ouro e dinheiro. Os valores estavam no subsolo de um hospital de Beirute, no Líbano. As informações foram divulgadas na segunda-feira (21).
Segundo os militares israelenses, o bunker estava sob vigilância há anos e servia como esconderijo para Hassan Nasrallah — ex-chefe do grupo extremista que foi morto durante um ataque aéreo no fim de setembro.
Um vídeo divulgado pelos militares mostra a localização do esconderijo. Segundo as Forças de Defesa de Israel, dois prédios vizinhos ao Hospital Al-Sahel servem de entrada para o bunker.
De acordo com Israel, o bunker era usado como uma espécie de centro financeiro do Hezbollah. O grupo guardava boa parte de seus recursos no local.
“É um dinheiro roubado dos cidadãos do Líbano e usado para atividades terroristas”, afirmaram os militares.
Por questões de segurança, o hospital que fica acima do esconderijo foi evacuado. O governo israelense garantiu que não vai bombardear o local.
À agência Reuters, o diretor do hospital negou que a instituição guarde um bunker do Hezbollah e pediu para que o Exército do Líbano faça uma vistoria no local.
Financiamento
As Forças de Defesa de Israel também detalharam como o Irã tem financiado o Hezbollah. De acordo com os militares, os recursos chegam ao grupo extremista da seguinte forma:
- O Irã envia petróleo para a Síria, onde os lucros das vendas são canalizados para o Hezbollah por meio da “Unidade 4400” — uma célula responsável pelas transferências financeiras.
- Sob cobertura diplomática, o Irã envia dinheiro diretamente à embaixada do país em Beirute, de onde os fundos são repassados ao Hezbollah.
- Além disso, dinheiro de empreendimentos econômicos apoiados pelo Irã também gera recursos que são enviados ao Hezbollah. Entre essas atividades estão exportações de gás e o estabelecimento de fábricas em países como Síria, Líbano, Iêmen e Turquia.
Fonte: G1