A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), divulgou que o Laboratório Central da Bahia (Lacen), detectou quinta-feira (26) a presença de três amostras da variante indiana (Delta) e uma sul-africana (Beta) no estado.
Um dos casos da variante Delta foi detectado em Feira de Santana e em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (27) pela prefeitura e o Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, foi informado que a variante circula na cidade há mais de um mês.
A infectologista Melissa Falcão, coordenadora do comitê, afirmou que o caso confirmado em Feira de Santana trata-se de um homem de 51 anos, que apesar de ter idade para se vacinar, não recebeu nenhuma dose de vacina contra a covid-19. Segundo ela, ele não tem contato direto no domicílio e ninguém próximo que adoeceu. A médica frisou também que o paciente trabalha em um estabelecimento comercial e apresentou sintomas leves da doença como tosse, perda de olfato, paladar e dor toráxica. Ele não usava máscara regularmente.
“Não saiu do município de Feira de Santana e isso mostra que provavelmente a variante além de estar circulando há mais de um mês na nossa cidade já pode estar em transmissão comunitária. Mas, isso ainda não dá para afirmar, estamos ainda finalizando a investigação, pois a investigação foi ontem no final da tarde. Mas, tudo indica que já seja uma transmissão comunitária. Daremos outras informações assim que a análise for finalizada”, disse.
Melissa declarou ainda que nesta análise inicial, nenhum caso ativo próximo a essa pessoa infectada com a variante Delta foi identificada e o município está junto com o estado tentando identificar pessoas próximas a moradia e ao trabalho desse paciente que tenham tido covid no período próximo para tentar genotipar e identificar todos eles para ver a proporção desta cepa na comunidade.
“Os casos de variante Delta têm aumentado em todos os estados e sabíamos que era uma questão de tempo até chegar à Bahia. Temos um entroncamento rodoviário e a vigilância epidemiológica da cidade é ativa e trabalha na intenção de identificar precocemente tanto as cepas, quanto qualquer doença que venha chegar ao município. As medidas já estão sendo tomadas e nós vamos fazer coletas próximas a essas pessoas não apenas familiares, conhecidos, mas de várias pessoas no local onde a pessoa mora, tanto com sintomas quanto tem sintomas para identificar o vírus das pessoas que deram positivo. Para termos essa proporção, isso já está sendo programado, a análise genotípica com o município e o estado”, pontuou.
Segundo Melissa Falcão, há uma dificuldade para identificar essa variante, porque não há material disponível para analisar o genótipo. Os fornecedores do material, fornecem para o mundo inteiro. A identificação foi por amostragem.
Fonte: Acorda Cidade