O vereador Rogério Rocha, do Republicanos, voltou ao exercício do mandato na Câmara de Jaguaquara após cumprir 30 dias de afastamento impostos pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. A medida havia sido adotada depois que o colegiado considerou procedente uma denúncia de assédio sexual contra uma servidora do Legislativo.
Segundo informações do Blog do Marcos Frahm, parceiro do Bahia Notícias, o afastamento foi aprovado por unanimidade pelos 12 vereadores em sessão realizada em 4 de novembro. Na ocasião, Rogério utilizou a tribuna para negar a acusação e chegou a chorar durante o discurso. Mesmo assim, os parlamentares decidiram pela penalidade, que foi oficializada no Diário Oficial da Câmara no dia seguinte.
A presidente da Comissão de Ética, vereadora Núbia Louzado (PT), afirmou durante o julgamento que desejava a cassação do colega, mas ressaltou que o Código de Ética atual não permite esse tipo de punição nas circunstâncias apresentadas. Após o episódio, a Casa criou uma comissão para revisar e atualizar as normas de conduta interna.
Concluído o prazo de 30 dias, Rogério reassumiu a cadeira, mas o processo segue em tramitação na Justiça criminal.
No período do afastamento, o advogado do vereador alegou que o procedimento disciplinar teria ocorrido de forma irregular e insinuou tratar-se de uma “maracutaia”. O relator do caso, vereador Rodrigo Dias (PSD), rebateu as acusações, afirmou que não houve qualquer ilegalidade e criticou o que classificou como desrespeito às instituições envolvidas.
Fonte: Bahia Notícias / Foto: Reprodução