Silvio Humberto virou opção preferencial de parte do núcleo político da base aliada ao PT
O vereador Silvio Humberto (PSB) se tornou opção preferencial de parte do núcleo político da base aliada ao PT para a vaga de vice do pré-candidato do MDB à prefeitura de Salvador, Geraldo Jr. Embora uma ala numerosa do arco petista defenda a escolha de uma mulher, o nome de Silvio Humberto vem ganhando força como alternativa mais estratégica para o vice-governador. Em especial, pela capacidade de neutralizar um dos principais riscos no caminho entre Geraldo Jr. e o Palácio Thomé de Souza: a migração de votos do eleitorado tradicional de esquerda para o sociólogo Kleber Rosa, que concorrerá a prefeito da capital pelo Psol.
Medida certa
“O comando da pré-campanha de Geraldo sabe que ele não é identificado como quadro da esquerda pelos eleitores e terá dificuldades para mobilizar a militância do PT em torno de sua candidatura. Por isso, as chances de que o Psol absorva votos dessa fatia são grandes. O que pode ser estancado com um vice que tenha perfil parecido ao de Kléber Rosa. Caso de Silvio Humberto, que também é negro, extremamente bem preparado e visto como um político alinhado ao bloco esquerdista”, avalia um cacique governista, para quem o vereador do PSB agregaria mais à chapa do emedebista que a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis, tida como uma das favoritas à vaga.
Efeito colateral
“Fabya é um nome bom, sem dúvida. Mas sua ligação com o MST pesa contra (ela é ex-dirigente da entidade e esposa do principal líder dos sem-terra no estado, o deputado petista Valmir Assunção). Sobretudo, pela rejeição da classe média da capital ao movimento”, destacou outro integrante da base aliada que participa do processo de montagem do palanque de Geraldo Jr.
Agora, só depois!
Na tropa da oposição ao PT, a expectativa é de que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) só defina o candidato a vice depois que o adversário escolher com quem fará dobradinha. O que pode arrastar a decisão para o segundo semestre, seguindo a mesma tática adotada pelo ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo do estado em 2022, quando o nome da empresária Ana Coelho (Republicanos) foi anunciado em 4 de agosto, às vésperas do período eleitoral.
Toque e retoque
Presidente do PL na Bahia, o ex-ministro João Roma estabeleceu duas metas para este ano. A primeira é aprender a tocar saxofone. Para tanto, buscou auxílio de um professor particular. A segunda é emplacar ao menos quatro vereadores da sigla em Salvador, incluindo o ex-prefeito João Henrique, tarefa que não será das mais fáceis. Em 2016, João Henrique concorreu à Câmara Municipal pelo extinto PR, mas obteve apenas 5.292 votos e não conseguiu se eleger.
Ele não!
O vereador Sidninho virou persona non grata entre os frentistas de postos de combustíveis de Salvador. Tudo porque é dele a autoria da lei que obriga os profissionais da categoria a denunciarem motoristas embriagados para a polícia. Em síntese, a medida quer criar a figura do frentista dedo-duro, sob ameaça de multa de dez salários mínimos para as empresas cujos trabalhadores recusem o papel de delator.
Bola cheia
Na bolsa de apostas feita por lideranças dos dois grandes polos de poder na Bahia, o Avante é apontado como a legenda que receberá a maior quantidade de novos filiados na janela de trocas partidiárias que será aberta a partir de quinta-feira (7). Nos últimos dias, o presidente da sigla no estado, o ex-deputado Ronaldo Carletto, intensificou o assédio a prefeitos, vereadores e caciques políticos do interior e da Região Metropolitana, como parte dos planos de ocupar o lugar que antes pertencia ao PP no bloco de alianças encabeçado pelo PT.
Sorriso de chocolate
Parlamentares baianos que possuem fazendas de cacau no sul do estado andam rindo à toa ultimamente. A felicidade tem relação com o preço do produto no mercado internacional, onde a tonelada rompeu a barreira dos US$ 6 mil, valor recorde desde a crise provocada pela vassoura de bruxa na década de 1990. No Brasil, a arroba de cacau, que equivale a 15 quilos, já é vendida a R$ 460 para gigantes do agro como a Cargill e a Barry Callebaut. Para completar, as projeções indicam que a cotação deve se manter no nível atual ou até chegar a US$ 10 mil a tonelada pelos próximos dois anos.
📲 Clique aqui e participe do Canal do Ipirá City no WhatsApp
Fonte: Metro1