O cenário em relação a arboviroses (dengue, zika e chikungunya) é de alerta em todo o estado da Bahia, o que tem levado à intensificação das ações de prevenção e bloqueio por parte dos órgãos públicos de saúde.
Diante do aumento da infestação do Aedes aegypti e do crescimento na quantidade de casos, a população tem sido alertada e convocada a entrar no combate ao mosquito, a fim de controlar o avanço da transmissão das doenças.
Em Vitória da Conquista, segundo o Centro de Controle de Endemias (CCE), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, este ano já são 218 casos dessas doenças, ante 107 confirmados no ano passado. Na comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento de cerca de 50%.
E do final de janeiro até ontem (21) houve 114 casos de dengue, aumento de 877%, e 76 novos casos de chikungunya, aumento de 584,6%. Quando acrescidos os casos de zika – que foram dois, ante zero em janeiro – o total vai a 218, registrando o percentual de crescimento de casos das três arboviroses no município em 738%.
O aumento de ocorrências já era previsto pelo CCE, justamente pelas temperaturas mais altas desse período, o que favorece à proliferação do mosquito. Por isso, as equipes de combate às endemias veem intensificando as ações de controle, principalmente nos bairros com maiores índices de infestação. Mutirões foram já foram realizados nos bairros Ibirapuera, Cruzeiro, Terras do Remanso, Flamengo, Santa Cruz, além dos distritos de Bate-Pé e Veredinha.
“Estamos fazendo mutirões, ações de bloqueios com a borrifação de larvicida, vistoriando regularmente os pontos estratégicos, mapeando e visualizando os criadouros do mosquito com o auxílio do drone, atendendo denúncias e reforçando as ações educativas junto à população, que é a nossa principal aliada nesse trabalho”, ressaltou a coordenadora do CCE, Gabriela Andrade.
Trabalho de controle intensificado
Além do trabalho diário que os agentes fazem de porta em porta, orientando a população e fazendo borrifação de larvicida, há uma equipe que atua regularmente em pontos estratégicos da cidade, fazendo o bloqueio da transmissão em locais como borracharias, ferros-velhos, garajões, rodoviária, aeroporto, complexos hospitalares, escolas e universidades, dentre outros.
Um desses locais é antiga sede do clube da AABB, que foi alvo de denúncias da população por ser uma área com piscinas abandonadas, mas onde sempre houve um controle regular de trabalho de combate ao mosquito, a cada 15 dias. “É um local cuidado pelos agentes de endemias e a população não precisa se preocupar. Inclusive, a empresa responsável iniciou uma construção naquele espaço e já desfez as piscinas, eliminando o principal risco de foco”, explicou a coordenadora.
Fonte: Agência Sertão