Volta às aulas: confira dicas para economizar na compra do material escolar

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Especialistas mostram que o consumidor pode seguir algumas orientações durante as compras para não pesar no bolso

Cadernos, fichários, canetas, livros, mochilas… Quem tem criança e adolescente na escola sabe que, no começo de ano, chega também a hora de comprar o material escolar.

Apesar da lista dos materiais para o ano letivo parecer enorme, especialistas e instituições mostram que, antes de sair comprando e gastar mais que o necessário, o consumidor pode seguir algumas dicas durante as compras para não pesar no bolso.

Confira:

Tenha a lista em mãos

Para a planejadora financeira Paula Bazzo, o primeiro passo é ter a lista em mãos para avaliar todos os materiais e ver quais precisam, de fato, ser comprados.

Pode parecer óbvio, mas, para a especialista, é fundamental para existir uma organização na hora de ir às compras — evitando gastos desnecessários.

O Instituto Brasileiro de Direitos do Consumidor (Idec) ainda reitera: nem tudo pode ser pedido na lista de material.

O colégio não pode solicitar, por exemplo, produtos de uso coletivo, como de higiene, limpeza, copos e talheres descartáveis, grandes quantidades de papel e grampos, por exemplo.

O Procon-SP também informa que é considerada abusiva a cobrança da taxa de material escolar sem a apresentação de uma lista. A escola precisa, obrigatoriamente, informar quais itens devem ser adquiridos.

Veja o que pode ser reaproveitado — ou repaginado

Materiais como lapiseiras, lápis, canetas, réguas e mochilas, por exemplo, não precisam ser renovados todos os anos. Antes de ir às compras, confira no material escolar já existente o que está em bom estado e pode ser reutilizado, riscando da lista de gastos.

Paula ainda reitera que, atualmente, os materiais com personagens e desenhos podem sair muito mais caros do que a média. Portanto, investir na personalização pode ser uma maneira de ter um momento produtivo e especial com colegas ou responsáveis, sem precisar desembolsar um dinheiro desnecessário.

Pesquise e compare preços

Para aquilo que não pode ser reutilizado nem repaginado, resta ir às compras. Para isso, a especialista recomenda que o responsável faça um comparativo de preços, tanto em lojas online quanto nas lojas físicas.

No caso do online, o ideal é buscar descontos e cupons, que sempre são disponibilizados em épocas de maior demanda, como no começo do ano.

É importante ficar atento aos descontos cumulativos — ainda que produtos específicos estejam mais baratos em outros estabelecimentos, caso o consumidor compre apenas em um lugar, o desconto pode ser maior.

Paula também alerta sobre os fretes: os sites podem tentar compensar os descontos aumentando o valor do transporte, portanto, é importante calcular para ver se aquele valor faz sentido.

O Idec adiciona que, para economizar um pouco mais, a dica é reunir um grupo para ir às compras. O atacado é mais vantajoso e, na maioria das vezes, mais fácil de conseguir descontos. Rizzo complementa que a compra coletiva reduz a chance de as crianças compararem os materiais entre si, já que são todos da mesma marca ou fabricante.

No mais, a escola não pode exigir marcas ou locais de compra específicos para o material, nem que os produtos sejam adquiridos na própria escola, exceto para artigos que não são vendidos no comércio, como apostilas pedagógicas próprias, alerta o Procon-SP.

Se o momento financeiro da família permitir com que os materiais sejam pagos à vista, sempre há uma margem de negociação, nem que seja o valor descontado pela operadora do cartão. Não tenha vergonha de negociar os valores com empresas e vendedores.

Nem tudo precisa ser comprado no começo do ano

Existem materiais utilizados desde o primeiro dia de aula. Outros, como materiais de artes, podem servir mais adiante no ano letivo. Os pais podem conversar com professores e responsáveis da escola para saber quais desses materiais podem ficar para depois.

“Essa pode ser uma alternativa boa para aquelas casa cuja situação financeira está apertada no começo de ano”, diz Bazzo.

Deixe as crianças e adolescentes em casa

Ainda que exista um planejamento rigoroso, é impossível ignorar o emocional na hora de ir às compras. Portanto, se possível, a recomendação de especialistas e institutos é que as crianças e adolescentes não participem diretamente do processo.

“A melhor maneira de evitar gastos supérfluos e a compra de itens mais caros é não levar as crianças para a compra do material escolar, mesmo que elas insistam”, diz o Idec.

Caso isso não seja possível, Bazzo afirma que pode ser um bom momento para a educação financeira. A criança ou adolescente precisa compreender a situação financeira da família, entendendo os limites do que pode ser comprado ou não.

Fique de olho no custo-benefício

Por vezes, pagar um pouco mais caro por um material elimina um gasto adicional ao longo dos anos. Uma mochila de boa qualidade, por exemplo, pode durar muito mais do que apenas um ano letivo.

Portanto, é fundamental ficar de olho no custo benefício dos materiais que está comprando, para não acabar tendo que repor esses produtos por falta de qualidade. “Pagar barato não é sinônimo de boa compra”, destaca Paula.

Fonte: CNN Brasil

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