A modelo disse que foi impedida de acompanhar Medina nos jogos de Tóquio
POR FOLHAPRESS – Quinta, 8 de Julho de 2021
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A modelo Yasmin Brunet, mulher do surfista Gabriel Medina, reclamou publicamente em vídeo postado nos stories de sua conta no Instagram pelo fato de o COB (Comitê Olímpico do Brasil) não ter liberado uma credencial para que ela pudesse acompanhar o marido na Olimpíada de Tóquio, que começa no próximo dia 23.
“Os surfistas têm o direito de levar uma pessoa para as Olimpíadas. Antigamente podia levar duas. Mas é claro que, por causa da pandemia, supercompreensível, supercorreto, só se pode levar uma pessoa. Só que eles podem escolher essa pessoa. Inclusive tem uma pessoa levando o marido e tem uma pessoa levando um amigo, o que eu acho que está completamente certo. Só o atleta sabe o que ele vai precisar nesta situação. Só o atleta sabe quem realmente vai ajudar ele, quem ele quer que vá”, afirmou Yasmin.
A modelo se referiu à Tatiana Weston-Webb, que levará o marido, Jessé Mendes, que é seu treinador, e Ítalo Ferreira, que terá como companheiro um amigo, que é seu analista-técnico. Para ela, Medina, campeão mundial de surfe em 2014 e 2018, busca apenas receber tratamento igual aos outros atletas.
“Não dá para entender. Ele é um dos atletas com mais chance de trazer medalha para o Brasil e tem esse descaso. Um pedido dele, que é só ser tratado igual aos outros surfistas. Ele não quer levar uma pessoa a mais. Ele não quer nada além do que outras pessoas também estão fazendo”, reclamou Yasmin.
Procurado, o COB afirmou que já se posicionou sobre o caso e que agora irá tratar o assunto internamente.
No último comunicado, o comitê afirmou que “de acordo com o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro. Além disso, há uma limitação de credenciais para as delegações, e a política do COB é de que os oficiais tenham funções estritamente técnicas. Em virtude desta limitação, cada atleta do surfe terá acompanhamento de um profissional da área técnica com experiência.”
A lista larga, que o COB se refere, foi uma relação de pré-credenciamento feita anteriormente e enviada ao Comitê Organizador de Tóquio-2020. Quem não estava nessa lista já não conseguiria se credenciar. O comitê também afirma que o profissional que irá acompanhar o atleta precisa ter “ligação com a modalidade”.
Leia abaixo a íntegra do último posicionamento do COB sobre o assunto:
“De acordo com o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro. Além disso, há uma limitação de credenciais para as delegações, e a política do COB é de que os oficiais tenham funções estritamente técnicas. Em virtude desta limitação, cada atleta do surfe terá acompanhamento de um profissional da área técnica com experiência comprovada.
A limitação de credenciais para oficiais segue as diretrizes do comitê organizador, que ficaram ainda mais restritivas com intuito de proteger a saúde dos atletas por conta da pandemia. Necessariamente, o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade, e o COB seguiu expressamente este critério para a aprovação de qualquer credencial.
No ano passado, o COB informou aos atletas de todas as modalidades sobre a existência do programa “Familiares e Amigos”, pelo qual o comitê daria todo o suporte para que os competidores pudessem receber as pessoas mais próximas na cidade sede dos Jogos, de forma a ter por perto todos aqueles que os ajudam no dia-a-dia, inclusive com ingressos para as competições e espaço específico do Time Brasil para encontros.
Infelizmente, em decorrência da pandemia, o COB teve que cancelar este programa. O Japão impôs diversas restrições a todos os países participantes, impedindo inclusive a entrada de familiares, amigos, fãs e turistas no país durante o período dos Jogos, que também devem ocorrer sem público. Em maio, COB e Gabriel Medina acordaram que o treinador Andy King seria oficial credenciado para atuar como treinador do atleta nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
O COB não faz distinção entre os atletas.”