Sobe e desce: quem saiu maior ou menor da seleção brasileira após Copa do Mundo do Qatar

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Domingo, 11 de dezembro de 2022

Brasil foi eliminado nas quartas de final de mais uma Copa do Mundo, mas campanha deixou marcas positivas e negativas para a seleção


Nunca é fácil tentar encontrar o copo meio cheio de uma eliminação como a do Brasil diante da Croácia nas quartas de final de uma Copa do MundoUma campanha decepcionante, encerrada com a certeza que a seleção poderia ter feito muito mais. Houve, contudo, quem conseguiu deixar o Qatar com uma boa impressão, mas também quem decepcionou no desempenho nos cinco jogos.

Dois dias depois da derrota nos pênaltis diante dos croatas, após empate em 1 a 1 na prorrogação, o ESPN.com.br lista abaixo que subiu ou desceu sua avaliação após a Copa do Mundo de 2022.

QUEM SOBE

  • Éder Militão – Zagueiro mostrou polivalência e assumiu a lateral direita na ausência do titular Danilo, lesionado e depois improvisado na esquerda. Se saiu bem e foi um dos melhores em campo contra a Croácia. Agora, com a aposentadoria de Thiago Silva da seleção, deve ser titular absoluto no ciclo.
  • Casemiro – É difícil prever como o volante estará daqui quatro anos, quando já terá 34, para a Copa de 2026. Hoje, porém, não dá para imaginar uma seleção sem Casemiro, provavelmente o melhor jogador que o Brasil teve no Qatar. Sempre constante, foi o grande pilar do time de Tite na defesa.
  • Neymar – Tinha tudo para ser a “sua” Copa. Não foi, mas muito mais pela lesão que o tirou de duas partidas, do que por seu desempenho. Quando esteve em campo, principalmente, nos jogos de mata-mata, chamou a responsabilidade, liderando a ótima atuação contra a Coreia do Sul e fazendo o único gol diante da Croácia – embora tenha perdido outras chances importantes. Ainda foi exemplo para companheiros nos bastidores, fazendo de tudo para se recuperar e voltar a tempo depois de lesionar os ligamentos do tornozelo direito logo na estreia contra a Sérvia.
  • Vinicius Jr. – Chegou ao Qatar sem saber se seria titular, mas ganhou a confiança de Tite desde o início e não tinha mais como sair da equipe. Foi o principal nome entre os vários pontas convocados para o Qatar e foi difícil entender porque saiu contra a Croácia.
  • Gabriel Martinelli – Mais jovem do Brasil no Qatar, aproveitou a oportunidade nos minutos que teve em campo. Contra Camarões, quando Tite apostou em time todo reserva, foi o melhor nome da seleção, criando a maioria das chances de perigo. Tem tudo para se tornar protagonista no próximo ciclo.
  • Richarlison – Não fez um bom jogo contra a Croácia, mas balanço da Copa é bastante positivo. Fez dois gols, um deles uma pintura, logo na estreia e ampliou sua contagem para três nas quartas de final contra a Coreia do Sul. Além das bolas na rede, ainda demonstrou o tradicional carisma de sempre, em postura que só o aproxima e o faz ainda mais querido pelos torcedores.

NA MESMA

  • Ederson – Foi titular contra Camarões, fez bom jogo, com direito a uma grande defesa, e nada pôde fazer para evitar o gol daquela derrota.
  • Alex Telles – Sofreu a infelicidade de se lesionar com gravidade, interrompendo sua trajetória na Copa. No jogo que se machucou, contra Camarões, vinha sendo um dos melhores do Brasil.
  • Bremer – Quando entrou, demonstrou segurança. Poderia até ter tido melhor papel no gol de Camarões, em partida que foi titular, mas não comprometeu no geral. Deve seguir sendo chamado para ganhar mais experiência e espaço na seleção.
  • Marquinhos – Seria injusto diminuir sua Copa ao pênalti perdido que decretou a eliminação brasileira contra a Croácia. Mostrou a segurança e qualidade de sempre na zaga e pode seguir na seleção no próximo ciclo, embora a idade esteja avançando.
  • Fabinho – Tem uma das posições mais ingratas do Brasil como reserva de Casemiro. Seria titular em várias outras seleções, com segurança, algo que ficou claro em sua estreia em Copas, quando iniciou diante de Camarões e também foi um dos destaques do time.
  • Lucas Paquetá – Fez Copa na média, alternando bons e maus momentos. Destaca-se pela versatilidade, mas sempre foi melhor quando esteve mais próximo dos homens de frente do que de Casemiro. Seu pior jogo, de longe, porém, foi justamente na eliminação para a Croácia.
  • Rodrygo – Outro que não deve ficar marcado pelo erro nas penalidades contra a Croácia. Nas partidas anteriores, mostrou que pode ser importante, mesmo com apenas 21 anos, jogando tanto como meia, quanto atacante pelo lado. Só deve crescer daqui para frente com o Brasil.
  • Antony – Mostrou personalidade sempre que entrou, inclusive contra a Croácia. Poderia, inclusive, ter tirado a vaga de Raphinha como titular. Não conseguiu brilhar, mas deve ganhar espaço na seleção daqui para frente.
  • Gabriel Jesus – Uma Copa tímida, também abreviada por lesão no joelho direito. No seu caso, seguir na mesma não chega a ser uma boa notícia, já que foi bastante criticado após 2018. Contudo, se mantiver o nível que tem demonstrado no Arsenal, vai ter novas chances para brilhar com o Brasil.
  • Pedro – Esperança de gols, foi um dos mais pedidos pelos torcedores brasileiros na Copa. Não mostrou, porém, o faro artilheiro no Qatar. Porém, também não teve lá tantas chances para isso.

QUEM DESCE

  • Alisson – O futebol é ingrato. O goleiro esteve longe de comprometer e continuará figurando entre os melhores do mundo. A percepção de sua Copa, porém, é negativa para o grande público. Na única bola que foi no alvo na eliminação para a Croácia, após desvio em Marquinhos, gol. Já nos pênaltis, nenhuma defesa, algo que seu rival Livakovic conseguiu. Não é “vilão”, mas não conseguiu fazer a diferença.
  • Bruno Guimarães – Era uma das grandes esperanças, inclusive da comissão técnica, de que pudesse crescer e fazer diferença já nesta Copa. Esteve bem distante disso, porém. Entrou mal em sua estreia contra a Suíça, admitindo ansiedade, e não foi bem também em todas as outras vezes que entrou. Não por acaso, não foi sequer escolhido por Tite para ter uma nova chance contra a Croácia.
  • Fred – Foi um dos jogadores com mais minutos com Tite no ciclo e era cotado para ser titular desde o início da Copa. Esteve bem longe, porém, de justificar essa condição. Com atuações apenas medianas durante o Mundial, teve como ponto baixo o lance que originou o gol da Croácia, quando desceu para o ataque em jogada sem qualquer necessidade no fim. Levou até um “puxão de orelha” de Neymar, como revelou a leitura labial, já que tinha entrado justamente para reforçar a marcação.
  • Raphinha – Provavelmente, o pior jogador do Brasil na Copa. Chegou com muita moral, mesmo em baixa no Barcelona, por ter sempre correspondido com a camisa da seleção. Mas não foi o caso no Qatar. Perdeu chances claras na estreia contra a Sérvia, errou diversas tomadas de decisões e fez pouca diferença mesmo quando foi bem. Sua melhor atuação, como com todo time, foi contra a Coreia, mas nada suficiente para “salvar” seu Mundial. Os companheiros até exaltaram seu papel para o time, contribuindo no “trabalho sujo” com a defesa. Mas foi pouco.

FIM DE CICLO

  • Weverton – Realizou o sonho ao entrar em campo em uma Copa do Mundo nos minutos finais da goleada sobre a Coreia. Já acima dos 34 anos, porém, é difícil imaginá-lo em um novo Mundial.
  • Daniel Alves – Nome mais questionado da convocação, aos 39 anos, não comprometeu quando entrou, mas claramente não tinha mais o mesmo nível para ser usado em uma Copa do Mundo.
  • Danilo – Fez uma boa Copa, mesmo tendo sido prejudicado por uma lesão no tornozelo esquerdo. Terá 35 anos na Copa de 2026, e é difícil imaginar que siga sendo chamado para a lateral. Ele mesmo já indicou que pode virar zagueiro no futuro breve, posição em que o Brasil tem opções mais jovens para essa renovação.
  • Alex Sandro – Praticamente a mesma avaliação de seu companheiro de Juventus, com o agravante que não conseguiu se recuperar a tempo para o mata-mata. Voltou com a Croácia, nos minutos finais da prorrogação, justamente quando a Croácia conseguiu o gol – que não foi sua culpa, claro.
  • Thiago Silva – Mesmo com 38 anos, não deixou a idade influenciar e mostrou segurança no comando da zaga do Brasil. O próprio capitão, porém, já anunciou o fim do seu ciclo com a camisa pentacampeã.
  • Everton Ribeiro – Outro que, pela idade, dificilmente voltará à seleção brasileira. No Qatar, jogou pouco e não pareceu ser considerado como alguém que pudesse fazer a diferença dentro de campo.

Fonte: ESPN Brasil

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