Por Rodrigo Santana ( Portal Ipirá City) – Segunda, 7 de Junho de 2021
Ao estudarmos a filosofia ocidental é possível constatar que alguns conceitos foram cristalizados, o que comprometeu a possibilidade dos filósofos pós- socráticos apresentarem outras interpretações para estes mesmos conceitos.
Na obra:” Timeu e Critias ou a Atlântida”, o filósofo platão conceitua o Demiurgo como bom. Ao escrever:
“Ele era bom e, naquilo que é bom, nunca surge inveja de nada; e sendo desprovido de inveja, desejou que todos fossem, tanto quanto possível, semelhantes a Ele”. O cristianismo é considerado um platonismo, por outras razões, mas também por que passou a defender como uma verdade inquestionável que o Demiurgo é bom. Enquanto que o movimento gnóstico conceituava o Demiurgo como um ser mal.
É com o filósofo Friedrich Nietzsche que essa cristalização conceitual é rompida por meio do conceito de “Perspectivismo” que contraria a seguinte questão:
” O cristianismo, no pensamento nietzschiano, não foi somente apolíneo, ele o absolutizou.”
Essa absolutização conceitual comprometeu e compromete o senso crítico do ser humano por que só lhe cabe o papel de acreditar naquilo que lê ou escuta. Uma passagem como Isaias 45:7 deveria levar um cristão a problematizar esse Demiurgo, porém os teólogos se antecipam em interpretar estas passagens de modo a não possibilitar a livre interpretação dos fiéis.
Mas afinal o Demiurgo é bom ou é mal? Segundo a Revelação Cósmica o Demiurgo é doente! Ele sofreu um acidente no momento em que começou a criar este universo. E por conta deste acidente, ele se tornou tão imperfeito como cada um de nós. Ou seja, por esse prisma, o fato do Demiurgo ser imperfeito não significa dizer que ele foi criado pela mente humana como defende o filósofo Ludwig Andreas Feuerbach ao contrariar o livro de Gênesis com o seu aforismo.
A compreensão mais sensata que se pode ter por meio de estudos é que os nossos espíritos foram feitos a imagem e semelhança de Deus, mas o nosso corpo foi criado a imagem e semelhança do Demiurgo e carregamos no nosso DNA todos os problemas da sua doença. Sendo que elas podem ser curadas com a prática da meditação. A Revelação Cósmica argumenta que este Demiurgo também foi criado por Deus, mas o cristianismo o colocou como sendo o próprio Deus. Neste caso a moral cristã fica comprometida por que se Deus é mudo como defende os gnósticos, quem falou sobre o que está escrito em Levítico 20:13 foi o Demiurgo, mas todas essas possibilidades LGBTQQICAPF2K+ vem do DNA do Demiurgo, segundo a obra:”Homoafetividade: O Segredo Perdido do Éden” de Jan Val Ellam.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor ipiraense