Gigantes da Bahia passam por má fase; dá para reverter?

Bahia esportes

Por Celso Martins

Depois de uma campanha abaixo da crítica no Brasileirão de 2020, quando terminou com 44 pontos em 14º lugar fugindo do rebaixamento por pouco, o Esporte Clube Bahia esperava voltar mais preparado e reforçado para este ano de 2021.

Sob o comando do técnico Dado Cavalcanti a equipe empatou com o Cuiabá no último sábado e a situação requer preocupação. Não exatamente pelo resultado, mas porque atualmente já são cinco jogos consecutivos sem vencer pela competição.

Como aconteceu no ano passado, a equipe começa bem e depois cai na tabela, estando hoje em 10º lugar com 18 pontos.

Mais especificamente, em 15 jogos o Bahia tem 5 vitórias, 3 empates e 7 derrotas. Os apostadores estão tendo trabalho para dar os seus palpites nas casas de apostas, não está nada fácil acertar os resultados da equipe baiana.

O que mais chama a atenção nesta 16ª rodada do Campeonato Brasileiro série A é a postura de equipes que geralmente não se posicionam na parte de cima da tabela. Hoje temos o Fortaleza em 3º lugar com 30 pontos e o Red Bull Bragantino em 4º lugar com 28.

 Mas o que causa mais estranheza é que equipes grandes e poderosas com elencos milionários estão próximas da zona do rebaixamento, como o São Paulo, com apenas 15 pontos, ou na própria zona, caso do Grêmio em 19º lugar com apenas 7 pontos com uma campanha deplorável, em 12 jogos somou apenas uma vitória, 4 empates e 7 derrotas. A equipe gaúcha está à frente somente da Chapecoense, a última colocada na competição com 4 pontos.

A sorte dessas equipes é que ainda faltam 23 rodadas no Campeonato Brasileiro que terminará somente em 5 de dezembro. Existe tempo hábil para se recuperarem ou ao menos subir um pouco na tabela escapando do Z4.

E o Vitória?
O Vitória apesar de ter conseguido chegar às oitavas de final da Copa do Brasil acabou sendo derrotado pelo Grêmio nos dois jogos, em meio à má fase do time gaúcho.

Por outro lado, no Brasileirão Série B a situação do Vitória é mais delicada. A equipe baiana está na zona do rebaixamento após a derrota sofrida para o Vasco no último fim de semana, por 1×0, no Barradão.

Em 17º lugar com 13 pontos, o time baiano tem só um ponto a mais do que o Brasil de Pelotas, lanterna da competição.

Para se ter uma ideia clara da situação, a diferença de pontos para o Náutico, o primeiro colocado na tabela, é de 17 pontos. Entretanto há muitas rodadas pela frente e quem sabe o Leão da Barra consegue se recuperar.

O fantasma do rebaixamento ronda o Vitória, que até hoje já sofreu 6 rebaixamentos, fazendo parte desse mesmo grupo o América Mineiro, Coritiba e Goiás com o mesmo número de rebaixamentos.

O Campeonato Brasileiro da Série B este ano está muito mais competitivo do que o ano passado. Na edição de 2021 temos a presença de cinco clubes que já chegaram a ser campeões nacionais na Série A: Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Guarani e Coritiba.

A pressão que equipes grandes como o Botafogo, Cruzeiro e Vasco sofrerão este ano será enorme, além das viagens longas e constantes. Afinal todos querem voltar rapidamente aos seus lugares na elite do futebol nacional.

Por isso a campanha do Vitória ter começado tão abaixo já é desanimador, porque os três clubes tradicionais também não conseguiram ir bem neste terço inicial de torneio. E as oportunidades estão sendo exploradas por clubes como o Náutico, CRB e até o Sampaio Corrêa, clubes que não tem orçamentos enormes ou elencos muito acima da média.

A falta de organização dos últimos anos está sendo cobrada e até salários de jogadores da base estão atrasados no momento. Crise financeira é uma realidade de quase todos os clubes do futebol, mas se não há um plano de recuperação, a bola de neve só fica maior e a situação mais difícil de reverter. O Vitoria não joga a Série A desde 2019, ano seguinte ao último rebaixamento, e as memórias de boas campanhas entre os maiores clubes precisam voltar a 2010 com o vice na Copa do Brasil e a boa campanha no Brasileirão de 2013.

Este conteúdo é de inteira responsabilidade do autor.

Fonte: Correio da Bahia

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