O presidente Jair Bolsonaro vem perdendo apoio de antigos aliados, mas líderes evangélicos permanecem fiéis e mobilizados num inédito engajamento do segmento no 7 de Setembro.
Segundo a Folha de São Paulo, alguns dos principais pastores do país se uniram para convocar fiéis ao ato de apoio ao presidente que , em São Paulo, ocupará a avenida Paulista. Entre eles estão Estevam Hernandes, idealizador da Marcha para Jesus, Samuel Câmara, à frente da Igreja Mãe, a primeira das Assembleias de Deus no Brasil, fundada há um século em Belém, e Renê Terra Nova, uma das vozes pastorais mais influentes no Norte.
“Não podemos ficar omissos nem sermos covardes neste momento crucial”, disse em vídeo o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, que puxou o movimento. “O povo brasileiro é o supremo poder, e Deus é o supremo juiz.”
“Hoje é a liberdade de expressão, amanhã é a liberdade religiosa. O que está em jogo é muito mais do que Bolsonaro”, afirma Malafaia. “A Constituição está sendo rasgada por quem mais deveria honrá-la.”
O pastor carioca é um dos que evocam o artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas na República, para justificar uma eventual intervenção militar, tese repudiada por instituições como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Congresso Nacional. Diz esse trecho constitucional que, “sob a autoridade suprema do Presidente da República”, os militares “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
Fonte: Metro 1