Familiares do policial Yago da França Souza Avelar confirmaram a morte dele, na manhã desta quinta-feira (17). O investigador estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, desde que sofreu um acidente na BA-233, no dia 4 de fevereiro.
Ainda não há detalhes sobre o horário e o local do enterro. A Polícia Civil detalhou, em nota, que a morte foi confirmada na noite de quarta-feira (16). Outros dois policiais, colegas de Yago, morreram no acidente, que também deixou quatro detentos feridos.
As vítimas estavam em uma viatura, que capotou entre as cidades de Itaberaba e Ipirá, na região na Chapada Diamantina. As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas seguem sob investigação.
No dia seguinte ao acidente, a Polícia Civil havia divulgado uma nota, informando a morte cerebral de Yago. No entanto, na noite do dia 8 de fevereiro, a instituição voltou atrás e divulgou uma nota em que dizia que um médico da equipe que atendia Yago decidiu pedir novos exames antes de atestar a morte cerebral.
Yago da França Souza Avelar tinha 39 anos, era casado e não deixa filhos. O investigador era ligado a atividades culturais, desenvolvia atividades percussivas e fez parte do Grupo Ganhadeiras de Itapuã.
Ele foi aprovado no concurso da Polícia Civil de 2018, ingressou no quadro da instituição em outubro de 2020 e foi designado para servir no Departamento de Polícia do Interior (Depin), no município de Seabra, região da Chapada Diamantina.
Confusão e prisão no hospital
Em meio à internação de Yago, um homem foi preso enquanto se passava por médico, para ter acesso às informações sobre o estado de saúde dele. Segundo a família, o suspeito era amigo de infância do policial.
Identificado como Fábio dos Santos Virgem, o falso médico usava um jaleco e estetoscópio, para ter acesso à Unidade de Terapia Intensiva. Ele também divulgou áudios dando informações falsas sobre o estado de saúde do policial.
A defesa de Fábio disse que ele é estudante de medicina e que nunca se apresentou como profissional formado. No entanto, o investigado afirmou em vários áudios para a família da vítima que seria médico, e que inclusive seria diretor cirúrgico da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele foi solto após pagamento de fiança e vai responder por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
Fonte: g1 Bahia