A Opep+ anunciou nesta 4ªfeira (5.out) que irá cortar drasticamente a produção de petróleo para 2 milhões de barris por dia. A decisão deve aumentar o preço do barril e, por consequência, nas refinarias e nos postos de combustíveis, o que pode prejudicar ainda mais a economia global, pressionada pela inflação e aumento no custo da energia.
A aliança com 23 dos principais países exportadores de petróleo, que inclui a Rússia, divulgou a redução após uma reunião na sede da Opep+, em Viena, e afirmou que a decisão foi baseada na “incerteza que envolve as perspectivas econômicas globais e do mercado de petróleo”. O ministro da Energia saudita, Abdulaziz bin Salman, enfatizou o papel declarado do cartel como guardião dos mercados de energia estáveis.
“Estamos aqui para ficar como uma força moderadora, para trazer estabilidade”, disse ele a repórteres.
No mês passado a Opep+ já havia cortado a produção de 100.000 bpd, surpreendendo governos, incluse os Estados Unidos, que pediam o oposto: mais produção para aliviar os preços em refinarias.
“O presidente está desapontado com a decisão míope da Opep+ de cortar as cotas de produção enquanto a economia global está lidando com o impacto negativo contínuo da invasão da Ucrânia por Putin”, disse a Casa Branca em comunicado. “Em um momento em que manter um suprimento global de energia é de suma importância, essa decisão terá o impacto mais negativo nos países de baixa e média renda que já estão sofrendo com os preços elevados da energia.”
Ainda segundo o governo americano, o Congresso trabalhará em ferramentas adicionais para reduzir o controle da Opep+ sobre os preços da energia. Um possível aumento nos postos de combustíveis poderia diminuir a popularidade de Joe Biden a poucos dias das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, prejudicando os democratas.
* Com informações da Associated Press
Fonte: SBT News