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Caso Marielle: ex-bombeiro chega a Brasília e ficará na Penitenciária Federal

Brasil

Autoridades do Distrito Federal foram avisadas de que o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa chegaria à capital federal nesta terça (25/7)

O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, será tranferido para a Penitenciária Federal de Brasília. A coluna apurou que autoridades do Distrito Federal foram avisadas de que eleviria para a capital federal nesta terça-feira (25/7). Suel desembarcou no hangar da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Aeroporto de Brasília, por volta de 17h20. São cerca de 40 políciais federais penais fazendo a escolta até a penitenciária.

A prisão do Suel ocorreu após delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Queiroz confirmou a própria participação nos assassinatos, assim como a do ex-policial reformado Ronie Lessa e a do ex-bombeiro.

Suel, segundo as investigações, ajudou a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios que pertenciam a Ronnie Lessa. As armas estavam armazenadas em um apartamento utilizado pelo ex-policial após a morte da vereadora.

Conhecido como Suel, o suspeito chegou a ser expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Jogos de azar

O ex-bombeiro já havia sido preso, em 2022, durante operação do Ministério Público. Na ocasião, ele e outras 11 pessoas foram detidas por integrar uma organização criminosa de jogos de azar no Rio de Janeiro. Ele atuava no empreendimento ilegal junto com Ronnie Lessa, acusado pela morte de Marielle e seu motorista.

Em fevereiro de 2021, o bombeiro foi condenado pelo Tribunal de Justiça a quatro anos por obstrução da Justiça. Ele respondia em regime aberto e na época ficou determinado que ele prestasse serviços à comunidade.

“Verifico que a motivação do crime consistia em ludibriar a justiça na investigação acerca de uma organização criminosa que teria envolvimento com a morte da parlamentar Marielle Franco e seu motorista, um crime gravíssimo contra a vida e, principalmente, contra o próprio Estado Democrático de Direito”, diz a decisão judicial da 19ª Vara Criminal.

Fonte: Metrópoles