O Departamento de Justiça e 16 procuradores-gerais estaduais e distritais iniciaram um grande processo contra a gigante da tecnologia, acusando-a de prejudicar os consumidores ao limitar a concorrência.
Por Rob Wile e Ken Dilanian – Sexta, 22 de março de 2024
O Departamento de Justiça dos EUA abriu um processo histórico contra a Apple na quinta-feira, acusando-a de monopolizar o mercado de smartphones.
A ação civil, acompanhada por procuradores-gerais de 15 estados e do Distrito de Columbia, acusa a Apple de restringir seu sistema operacional para smartphones de uma forma que aumenta os custos para os consumidores e impede os desenvolvedores de lançar produtos com sucesso em outros sistemas de smartphones.
“Os consumidores não deveriam ter de pagar preços mais elevados porque as empresas violam as leis antitrust”, disse o procurador-geral Merrick Garland num comunicado à imprensa.
Entre as alegações do processo:
- A Apple impede a implantação bem-sucedida do que o DOJ chama de “superaplicativos”, que tornariam mais fácil para os consumidores alternarem entre plataformas de smartphones.
- A Apple bloqueia o desenvolvimento de aplicativos de streaming em nuvem que permitiriam jogar videogame de alta qualidade sem ter que pagar por hardware extra.
- A Apple inibe o desenvolvimento de aplicativos de mensagens multiplataforma para que os clientes continuem comprando iPhones. O DOJ destaca especificamente a reclamação frequente do consumidor de ver uma mensagem enviada de um dispositivo que não seja o iPhone aparecer como verde em vez do azul padrão do iMessage – e com menos recursos do que uma enviada entre dois usuários do iMessage.
Numa conferência de imprensa na quinta-feira após a divulgação do processo, Garland reconheceu o domínio da Apple como empresa – notando que a sua capitalização de mercado era maior do que o PIB de mais de 100 países – mas que este sucesso não foi o resultado dos seus produtos superiores, mas sim através de suas táticas “excludentes”.
Fonte: nbcnews ( Leia em Inglês a matéria completa)/
