Assessores de Trump discutem planos para punir países que se afastem do dólar dos EUA, diz mídia

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Segundo a agência norte-americana Bloomberg, os assessores do ex-mandatário dos EUA avaliaram medidas de restrição para tais iniciativas, que recairiam principalmente sobre os membros do BRICS.

Os assessores econômicos do ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021) estão discutindo possíveis medidas para evitar que os países deixem de usar o dólar dos EUA para diminuir sua dependência da moeda, informou na sexta-feira (26) a agência norte-americana Bloomberg.

Entre as maneiras prováveis de influenciar os países que buscam realizar comércio bilateral em qualquer outra moeda que não seja o dólar estão punições como controles de exportação, taxas e tarifas de manipulação de moeda, disse a mídia, citando fontes ligadas ao assunto.

“Odeio quando os países deixam de usar o dólar”, disse Trump em uma entrevista de 11 de março na emissora norte-americana CNBC, acrescentando que “eu não permitiria que os países deixassem de usar o dólar porque, quando perdermos esse padrão, será como perder uma guerra revolucionária”, em referência às colônias inglesas norte-americanas, que em 1775 se rebelaram contra o Império Britânico. Elas conseguiram a independência em 1783 e formaram os Estados Unidos da América.

“Isso será um golpe para o nosso país”, previu ele.

Tal plano poderia ser implementado se Donald Trump vencer Joe Biden na eleição presidencial dos EUA de novembro de 2023.

Em agosto de 2023, os países do BRICS se reuniram em uma cúpula e concordaram em se concentrar na desdolarização e estabelecer laços econômicos em suas moedas nacionais. Eles poderiam se tornar alvo de tais sanções, escreve a Bloomberg, citando assessores de Trump.

O BRICS é atualmente composto por dez países. Em 2011, a África do Sul se juntou aos membros originais, que integravam o BRIC, na época composto por Brasil, China, Índia e Rússia. Ele foi formado em 2006.

Em agosto de 2023, seis novos membros, incluindo a Argentina, foram convidados a entrar, mas a Argentina recusou. Os cinco novos membros – Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã, integraram plenamente o BRICS em 1º de janeiro de 2024. O agrupamento não é dirigido contra terceiros.

© AP Photo / Mark Peterson

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