Busca por Marchinhas de Carnaval no streaming chega a aumentar 2500% perto da festa

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O aumento do consumo de Marchinhas de Carnaval durante a pouco antes da festa, nas plataformas de streaming, é “astronômico”. A percepção é de Felippe Llerena, diretor da Nikita Music, distribuidora de músicas que administra diversos catálogos. De acordo com ele, a maior festa popular do mundo toma conta do País pouco antes da folia, resgatando clássicos, alguns com mais de 80 anos de lançamento, em aplicativos como o Spotify e Deezer.

Durante o mês de fevereiro, o catálogo de marchinhas aumenta mais de 2.500% em relação aos números regulares de meses anteriores. Existem músicas que passam o ano inteiro adormecidas e saem das dezenas de milhares de streams para múltiplos milhões de streams durante o Carnaval”, explica o executivo.

O  Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) cita “Mamãe Eu Quero”, da Banda Gol, como a marchinha mais popular do Carnaval, segundo levantamento no Brasil dos últimos cinco anos. Entre outras populares estão “Me Dá Um Dinheiro Aí”, “Jardineira”, “Allaah-La-Ô”, “Ta-hi (Pra Você Gostar De Mim)”, “Cidade Maravilhosa”, “Marcha da Cueca”, “Saca-rolha”, “Vassourinhas” e “Sassaricando”.

Apesar de famosas e de terem feito muito sucesso em suas épocas, algumas marchinhas, como “O Teu Cabelo Não Nega” e “O Que é Que a Baiana Tem?”, acabaram se tornando polêmicas ao longo dos anos, por conta das letras consideradas discriminatórias, mas são minoria. A força das músicas de Carnaval no streaming mostra que a tradição popular ainda está viva e forte no Brasil, sendo um elemento essencial da festa e ajudando a criar e resgatar a atmosfera festiva.

“Elas são mais do que apenas músicas. São cantadas por pessoas de todas as idades e classes sociais e ajudam a criar um sentimento de unidade e identidade nacional. As marchinhas também são importantes para a preservação da memória cultural brasileira. Elas contam histórias e lendas do país”, analisa Llerena.

* Por José Mion/ Alô alô Bahia

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