Chanceler indiano: Borrell devia estudar regras da UE antes de ameaçar Nova Deli sobre petróleo

Mundo

Quarta, 17 de maio de 2023

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, deveria ler os regulamentos da UE com mais atenção antes de apelar à luta contra os produtos petrolíferos indianos de origem russa, disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, segundo a agência de notícias ANI.

“Veja as regulamentações do Conselho da UE, o petróleo bruto russo é substancialmente transformado em um terceiro país e não é mais tratado como russo. Peço que dêem uma olhada no Regulamento 833/2014 do Conselho”, disse Jaishankar.

Foi assim que ele comentou as palavras de Borrell, incluídas em uma entrevista ao Financial Times, de que a UE deve tomar medidas contra a Índia, que refina petróleo importado da Rússia para vender na Europa. Segundo o chefe da diplomacia europeia, isso é feito para contornar as restrições econômicas aplicadas a Moscou.

Teto de preço petrolífero

As sanções petrolíferas impostas pelos países ocidentais à Rússia entraram em vigor em 5 de dezembro de 2022.

A União Europeia (UE) boicotou o petróleo russo transportado por mar, enquanto os países do G7, Austrália e UE impuseram um limite de preço de US$ 60 (R$ 315,2) por barril nos embarques marítimos, sendo o petróleo mais caro, acima desse limite, proibido de ser transportado ou segurado pelas companhias de seguros.

A Rússia respondeu proibindo, a partir de 1º de fevereiro deste ano, a exportação de petróleo se os contratos direta ou indiretamente incluíssem um mecanismo de limite de preço.

Em 5 de fevereiro, entraram em vigor as sanções sobre todos os combustíveis russos: a União Europeia proibiu a importação de produtos petrolíferos russos, ao mesmo tempo que a UE e os países do G7 estabeleceram um teto de preço.

O limite foi fixado em US$ 100 (R$ 525,4) por barril para o diesel russo e US$ 45 (R$ 236,4) por barril para o fuelóleo.

Moscou tem afirmado repetidamente que o Ocidente cometeu um erro grave ao se recusar a comprar combustíveis da Rússia e que vai cair em uma nova e mais pesada dependência devido aos preços mais altos.

Moscou disse que os países ocidentais ainda vão comprar petróleo e gás russos mais caros por meio de intermediários.

Fonte: Sputniknews

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