Circuito Mundial de Surfe 2023: formato, favoritos e vagas olímpicas

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Após grande ano que consagrou Filipe Toledo e Stephanie Gilmore como campeões mundiais, o Circuito Mundial de Surfe da WSL (World Surf League) está de volta para a temporada 2023 a partir do dia 29 de janeiro com a etapa de Pipeline, no Havaí.

Em 2023, os surfistas não buscarão apenas o título, mas também a vaga olímpica: ao todo, serão 18 atletas classificados, 10 homens e 8 mulheres, para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, respeitando a regra de, no máximo, dois representantes por país e considerando que, para o Comitê Olímpico, o Havaí entra como Estados Unidos – diferentemente da WSL que considera duas bandeiras separadas. 

Neste guia, você confere todos os detalhes do Circuito Mundial de 2023.

Formato 

O formato de competição segue o mesmo modelo de 2022. Ao todo, serão 10 etapas disputadas com 36 surfistas homens e 18 mulheres. Após a perna australiana, que termina com Margaret River, haverá um corte em que os melhores classificados, 24 no masculino e 12 no feminino, seguirão disputando o campeonato mundial, enquanto os restantes precisarão competir no Challenger Series para tentar voltar à elite do surfe no ano seguinte. 

O segundo corte classificará os 5 melhores de cada modalidade para a disputa da WSL Finals em Lower Trestles, na Califórnia, e ocorrerá após a etapa do Tahiti – sede do surfe em Paris 2024 – entre os dias 11 e 20 de agosto.

A novidade de 2023 é a volta da etapa do Surf Ranch, a piscina de ondas de Kelly Slater localizada em Lemoore, na Califórnia, a 160 km de distância do mar. Já a etapa brasileira, realizada em Saquerema, está marcada entre os dias 23 de junho e 1º de julho.  

Masculino 

Desde 2014, quando o Brasil conquistou o primeiro título mundial de surfe com Gabriel Medina, nenhum país teve mais vitórias no circuito mundial masculino. Desde então, foram cinco títulos em sete disputados.

Neste ano, Filipe Toledo, campeão mundial de 2022, terá a companhia de mais 9 brasileiros na elite do surfe. Gabriel Medina Yago Dora, que ficaram de fora da temporada anterior devido a lesões, voltam ao tour a convite da WSL, enquanto Michael Rodrigues e João Chianca se juntam à Brazilian Storm após se classificarem pelo Challenger Series. 

Além deles, Miguel Pupo e Caio Ibelli, que tiveram a melhor temporada de seus carreiras em 2022, terminando em 6º e 8º lugares, respectivamente, seguem no tour. Completam o time brasileiro o campeão mundial e medalhista de ouro em Tóquio, Italo Ferreira, segundo colocado em 2022, Samuel Pupo, eleito o estreiante do ano pela WSL, e Jadson André, 22º no ano passado. 

Entre os gringos, o destaque é para John John Florence. O havaiano se lesionou em 2022 e só voltou a competir no final do ano no Challenger Series. Duas vezes campeão mundial, JJ venceu a etapa do CS em Haleiwa, sendo bicampeão consecutivo da etapa, e se reclassificando para a disputa do CT:

Estou feliz por estar me sentindo bem e voltando a competir em alto nível. Confesso que estou sem palavras para descrever o que estou sentindo, disse John John após vencer em Haleiwa. 

Além de John John, Jack Robinson (AUS), Ethan Ewing (AUS) e Kanoa Igarashi (JPN), surfistas que disputaram o WSL Finals em 2022, estão entre os candidatos ao título deste ano. Entre os brasileriros, os campeões mundiais Filipe Toledo, Italo Ferreira e Gabriel Medina são apontados como favoritos. Os representantes da nova geração da Brazilian Storm, Yago Dora e Samuel Pupo, agora mais experientes no tour, também se mostram confiantes de que podem entrar para a lista de campeões mundiais. 

Surfistas da elite mundial:

Filipe Toledo (BRA), Italo Ferreira (BRA), Jack Robinson (AUS), Ethan Ewing (AUS), Kanoa Igarashi (JPN), Miguel Pupo (BRA), Griffin Colapinto (EUA), Caio Ibelli (BRA), Connor O’Leary (AUS), Callum Robson (AUS), Samuel Pupo (BRA), John John Florence (HAW), Matthew McGillivray (AFS), Jordy Smith (AFS), Kelly Slater (EUA), Barron Mamiya (HAW), Nat Young (EUA), Jake Marshall (EUA), Kolohe Andino (EUA), Jadson Andre (BRA), Seth Moniz (HAW), Jackson Baker (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA), Ryan Callinan (AUS), Rio Waida (IND), Maxime Huscenot (FRA), Ramzi Boukhiam (MAR), Michael Rodrigues (BRA), Ian Gentil (HAW), Joao Chianca (BRA), Liam O’Brien (AUS), Ezekiel Lau (HAW), Gabriel Medina (BRA), Yago Dora (BRA).

Feminino 

Stephanie Gilmore, atual campeã mundial e recordista feminina com 8 títulos, terá a companhia das outras quatro melhores surfistas da temporada 2022: Carissa Moore (HAW), Johanne Defay (FRA), Tatiana Weston-Webb (BRA) e Brisa Hennessey (CRI). 

Tati teve uma temporada um pouco irregular no ano anterior, mas ainda assim conquistou a 4ª colocação. A surfista deve vir ainda mais madura e preparada para se classifcar pela terceira vez consecutiva para a WSL Finals. Em entrevista à Revista Poder, Tati reforçou sua meta de conquistar o título mundial e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. 

Assim como na temporada passada, 2023 deve ser um ano de alta competitividade no surfe feminino, com alta rotação de atletas no topo do ranking e diferentes vencedoras ao longo das etapas. Carissa Moore, Johanne Defay, Brisa Hennessey, Lakey Peterson, Carolina Marks e Sally Fitzgibbons são todas candidatas ao título mundial ao lado de Tati e Stephanie. 

Surfistas da elite mundial:

Stephanie Gilmore (AUS), Carissa Moore (HAW), Johanne Defay (FRA), Tatiana Weston-Webb (BRA), Brisa Hennessey (CRI), Lakey Peterson (EUA), Courtney Conlogue (EUA), Tyler Wright (AUS), Gabriela Bryan (HAW), Isabella Nichols (AUS), Bettylou Sakura Johnson (HAW), Macy Callaghan (AUS), Molly Picklum (AUS), Caitlin Simmers (EUA), Sophie McCulloch (AUS), Caroline Marks (EUA), Sally Fitzgibbons (AUS). 

Onde assistir

Todas as etapas são transmitidas no site e no aplicativo da WSL e também no Sportv. 

Últimos campeões mundiais

2022: Filipe Toledo (BRA) e Stephanie Gilmore (AUS)

2021: Gabriel Medina (BRA) e Carissa Moore (HAW)

2020: cancelado devido à pandemia 

2019: Italo Ferreira (BRA) e Carissa Moore (HAW)

2018: Gabriel Medina (BRA) e Stephanie Gilmore (AUS)

2017: John John Florence e Tyler Wright (AUS)

2016: John John Florence e Tyler Wright (AUS)

2015: Adriano de Souza (BRA) e Carissa Moore (HAW)

2014: Gabriel Medina (BRA) e Stephanie Gilmore (AUS)

Calendário WSL Circuito Mundial 2023

1ª etapa: Jan 29-10 Fev: Billabong Pro Pipeline em Banzai Pipeline, Havaí

2ª etapa: Fev 12-23: Hurley Pro Sunset Beach em Sunset Beach, Havaí

3ª etapa: Mar 08-16: MEO Rip Curl Portugal Pro em Supertubos, Portugal

4ª etapa: Abr 04-14: Rip Curl Pro Bells Beach em Bells Beach, Austrália

5ª etapa: Abr 20-30: Margaret River Pro em Margaret River, Austrália

Corte na elite de 36 para 24 homens e 18 para 12 mulheres

6ª etapa: Jun 09-18: Surf City El Salvador Pro apresentado por Corona

7ª etapa: Jun 23-01 Jul: Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema

8ª etapa: Jul 13-22: Corona Open J-Bay em Jeffreys Bay, África do Sul

9ª etapa: Ago 11-20: SHISEIDO Tahiti Pro em Teahupo´o, Polinésia Francesa

Definição dos top-5 e das top-5 para disputar os títulos mundiais

Set 07-15: Rip Curl WSL Finals em Lower Trestles, Califórnia, EUA

Fonte: Surto Olímpico

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