Shutterstock

Crise entre países aumenta após expulsão de mais diplomatas russos

Mundo

A crise diplomática aumentou após a expulsão de mais diplomatas russos. Bélgica e Holanda determinaram a saída de representantes do governo de Vladimir Putin.

Nesta terça-feira (29/3), os ministérios das Relações Exteriores dos países informaram que os diplomatas estariam atuando como agentes de inteligência e espionagem. A Bélgica expulsou 21 russos e a Holanda, 17.

A República Tcheca também expulsou um membro da embaixada russa, enquanto a Irlanda solicitou formalmente que quatro funcionários seniores da diplomacia russa deixem o país.

Moscou também impôs punições contra diplomatas. A chancelaria russa expulsou 10 diplomatas da Estônia, Letônia e Lituânia. Os três países expulsaram representantes russos no início do mês.

A diplomacia russa disse que convocou os embaixadores bálticos para reclamar do que descreveu como uma ação “provocativa” e “infundada” tomada contra os representantes de Moscou.

Negociações

O país liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky cedeu e admitiu que pode adotar um status de neutralidade sobre o ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Já a nação comandada por Vladimir Putin se comprometeu a diminuir os bombardeios.

Nesta terça-feira (29/3), negociadores se reuniram em Istambul, na Turquia. A quinta rodada de conversas foi a única, até então, a apresentar resultados práticos para o conflito.

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, intermediu as negociações e comemorou o que chamou de “o maior progresso para um acordo de paz desde o início da guerra”. O conflito começou em 24 de fevereiro.

O negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak, anunciou que a Ucrânia apresentou uma proposta para a Rússia de negociar politicamente o território da Crimeia, que foi invadido pelos russos em 2014. Ele condicionou as conversas a um cessar-fogo completo na região.

Com o status neutro, a Ucrânia não pode se unir a alianças militares como a Otan nem hospedar bases militares em seu território.

Representantes ucranianos indicaram que houve avanços também para um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Menos ataques

O vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, garantiu que as tropas do país vão reduzir “radicalmente” os ataques em Kiev, capital ucraniana.

“No sentido de fortalecer a confiança mútua e criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de assinar um acordo, tomamos a decisão de reduzir radicalmente e por uma ampla margem as atividades militares nas direções de Kiev e Chernihiv”, destacou após a reuião.

A mudança já havia sido anunciada na última semana, quando a Rússia admitiu que focaria a atividade militar no Leste da Ucrânia, sobretudo na região separatista pró-Rússia de Donbass.

Fonte: Metrópoles