Por Ângela Monize – Segunda, 24 de julho de 2023
Dentro de um espelho,
imersa em reflexos que transcendiam o desconhecido.
Os reflexos soturnos eram fragmentos dos meus pensamentos,
os meus desejos e imaginação flutuavam inebriantes.
Em meio ao caos, sentia-me dispersa na maioria do tempo,
meu escopo unicamente voltado a você,
em afetos ácidos, incisivos…
Não sabia ao certo onde estava e nem como fui parar ali,
somente me recordo daquela posição
confortável em uma cadeira antiga, dilatando minha singularidade…
Das lembranças do depois, nenhum resquício permanece,
mas aquele lugar repleto de formas irreais parecia divergir entre sinônimos e
antônimos da língua portuguesa,
em traços metafísicos, onde se determina uma tentativa…
Me hipnotizava aquela melodia, ocupando partes esquecidas
Repetindo aquele itinerário,
Ritmo, traço, influxo, tato…
Então me via submergir. Instantaneamente em espelhos,
que ora esculpiam formas geográficas, ora personificavam-me em
personagens.
Vejo-me flutuar em caminhos gigantes,
de palavras cruzadas e quebra-cabeças estranhos.
Deslizo violentamente na emoção que se dissipa,
que não se sustenta, oblíqua.
Viajo em solidão, insólita,
percorro o que me envolve em braços largos, de desenhos avulsos e
temperamento taciturno.
Mas sempre retorno ao ponto inicial…
Atravessar o espelho é uma súplica ao enigmático esquecimento,
que tenta seduzir ou deduzir
quem é aquele que se identifica entre as fontes.
Formas surreais de ultrapassar um mundo já existente em nossas mentes,
construindo medo, sustos…
Trava-se a reação, jazz ao chão do quarto, um periódico duvidoso de si.
Em fiéis, reais e sutis…
Reflexos…
Essa menina ainda vai fazer muito barulho no universo literário.
E o poeta bem te vi que sou
Diz: minha amiga Poetisa voltou 😍😍😍
Parabéns minha amiga Monize😍👏👏👏
Continue 😍👏👏😍