Cor Vermelho-Vinho

Ângela Monize colunistas


Por Ângela Monize ( Portal Ipirá City) – Terça, 4 de agosto de 2020


Sua sopa! Cheia de letras. Letras cheias dos nossos
nomes. Aquelas viagens cibernéticas em teu corpo e
o vidro quebra em contato com o fogo.
O cheiro; a essência de óleo; o sumo provido do teu
corpo; a entrega…


A gelada noite em um pedaço de canela queimado e
as sensações virais do brilho dos meus olhos. Os
arrepios, suspiros de te ver queimar. Os arrepios de
me ver queimar.


A força de uma vela é a força de um arrepio.
Fissure-se!


Enquanto a sopa esfria, eu beijo você e refino teus
pedaços. Os misturo com a fauna do jardim. O clã
anestesiado do teu corpo em minhas mãos. As
madeixas dos teus cabelos; das tuas partes; das tuas
artes; e das arestas finíssimas passando-te a mão.


Bebo da tua essência quase sempre fissurada em tua
maestria tribal. A segurança, o desempenho… te ver
nadar em meu corpo, sorrateiramente, às escondidas
num quarto de hotel.


Fará diferença para você me ler hoje? Fugir, dos
pensamentos errôneos desse dia, fará diferença?
Cai em teu sono sereno, sonha comigo e beija-me os
lábios sempre que me ver em teu subconsciente. Seja
tranquilo, hostil, beija-me demoradamente, rápido,
falho. Deixe-me contar sobre os segredos de te amar
e me ama em segredos e sonhos. Busca a força da tua
morada e mora na minha. Anda pelas ruas fielmente
e acolhe o vento que bate em tua epiderme. Pensa em
mim como a lua, faz-me reaprender coisas gostosas,
sentir os sabores e aproveitar-te. Atravessa as paredes
da distância, vem comigo mergulhar.


Nome da obra: Cor Vermelho-Vinho – Autoria: Ângela Monize – Linguagem artística: Designer e Fenômeno Poético – Créditos à foto: Felipe Holzlsauer
Modelo e Edição: Ângela Monize

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