Elias Machado Brandão, (Mel Eletricista) é o homenageado desta semana do quadro ”Personalidade da Semana”

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Elias Machado Brandão, (Mel Eletricista) Nasceu em 09 de fevereiro de 1967, em Ipirá, casado com Jenivalda Silva Santos, pai de 4 filhos (Michele, Roberta, Roberto e Erasmo) é filho do saudoso Isaías Machado Brandão (in memoriam) e da Senhora Francisca Maria Machado Brandão.

A relação de Mel com os filhos (as) é de muita união, respeito e admiração. A infância de Mel foi boa, como todo garoto, era um menino travesso.

” Eu era pequeno, subi em cima de uma mesa e tinha um litro de pimenta, eu subi pensando que era mel, peguei a pimenta e virei. Minha mãe me levou até Dr. Delorme na época, ele me perguntou porque fiz isso. E eu respondi: Oh, Doutor pensei que era mel.”

Daí então surgiu o apelido ”Mel”.

Criado por seus pais, depois de um tempo foi para Feira de Santana, fazer o curso de eletricidade. Chegando em Feira, após cerca de seis meses, conseguiu fazer o curso pelo Instituto Universal, com o primo Augusto, que o ensinou muito. Então retornou para Ipirá onde se casou e teve os quatro filhos. Seu pai, faleceu em 1982 na época da Copa do Mundo, as últimas palavras dele em vida foram ditas para Mel, que por coincidência da vida, não lembra da face do pai. Sua mãe, que fez 87 anos de idade no último dia 14 de abril, diz ser ”Corre Campo” por ter 87 anos e sempre está ativa, andando por aí.

Após fazer os teste em Feira, Mel disse ao seu primo Augusto, que já havia feito o teste, o agradeceu, pegou um alicate, uma chave de fenda e a chave de teste e foi a luta.

” Tenho 45 anos aqui em Ipirá, servindo a comunidade, graças a Deus sou bem procurado por toda a população de Ipirá. Por falar nisso, a Ipirá Fm, quem fez a instalação fui eu! As casas de Ipirá são bem poucas a que não fiz a instalação elétrica. ”

Claro! Mel não poderia esquecer da motinha e o som que leva percorrendo toda cidade por onde vai.

” Gleidson, essa ideia foi quando eu ia trabalhar com uma bicicleta, e um amigo meu comprou uma Shineray, ele disse ter uma motinha, que era tipo uma bicicleta e para mim que andava muito era bom. No primeiro momento eu disse: rapaz, não quero não, mas depois resolvi comprar. E quando eu resolvi comprar, vi que a bateria era 12 volts, eu tinha um motoradio, liguei no fio da bateria da moto. Meu amigo, quando vi funcionar! Rapaz, que alegria na minha vida. Quando andei a primeira vez em Ipirá, há 11 anos, mais ou menos botei esse radio e quando sair na rua o pessoal começou a falar que eu era doido, mas não… Olha mel…

Daí a pouco inventaram um transmissor de Fm, que jogava para o rádio e tinha cartão de memória. Aí o cara, falou que poderia botar dez, quinze, vinte mil músicas. Ave Maria, aí tive a ideia de colocar o adaptador na moto, fiz uma caixinha de som, botei e sai graças a Deus. E olha que essa minha motinha é falada, o que tem de gente que bate foto; até banda já vi parar no posto. Em Feira o pessoal, batia foto com a minha moto, e falava o quanto ela é interessante, e eu só passando música bonita.”

No futebol. Mel jogou por todos os clubes de Ipirá. Os considerados grandes clubes da cidade, só no União não conseguiu ser campeão, porém foi vice.

” Em 1984, quando comecei jogar bola, eu era goleiro, cheguei a ir para Salvador fazer um teste no Bahia, quebrei o braço, passei uma dificuldade e o sonho de ser profissional ali acabou. O futebol é minha paixão, fui campeão no Vila Nova, Leônico, só não fui campeão no União, os outros times grandes fui campeão em todos. Rapaz, tem uma história que não posso deixar de contar. A muitos anos atrás, teve um jogo Leônico e União. Pelé correu para bater um pênalti, essa história pouca gente sabe viu! Quando Pelé, bateu o pênalti, estava chovendo, ficou na poça d’água e Toí de Ramon, pegou, abafou a bola e Pelé saiu comemorando como se fosse gol (E não foi gol). Eu vi muitas histórias aqui em Ipirá, vi o filho de Aldo fazer um gol com os dois pés.”

Mel, realizou o sonho de ir ao Maracanã e São Januário. No maraca, bateu pontinho e tudo no gramado. Apesar de estar no Rio de Janeiro, no dia do milésimo gol do ” baixinho” Romário, não foi ao jogo, mas no outro dia, foi conhecer o estádio do seu time de coração, Vasco da Gama.

” Eu deixo uma mensagem de paz e amor. Eu peço, mais compreensão do ser humano, só tenho a agradecer a minha família. Eu tenho um dizer que… Só tenho um inimigo em Ipirá, o que não nasceu. Porque depois que nasceu, é meu amigo. Não tenho inimigo nenhum; então para minha família e para todo mundo, só desejo paz e amor para todos.”

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