Flamengo sabia da situação de ‘grande risco’ no Ninho do Urubu nove meses antes do incêndio

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Incêndio em fevereiro de 2019 matou 10 adolescentes do centro de treinamento

Por Luciana Freire no dia 09 de Setembro de 2020 ⋅ 16:00

Documentos em poder da Justiça revelam que o Flamengo foi alertado para a situação de “grande risco” do alojamento nove meses antes do incêndio que matou 10 adolescentes da base. A informação foi divulgada pelo portal G1.

Em um e-mail datado de 11 de maio de 2018 os responsáveis pela administração do centro de treinamento receberam um relatório feito por um técnico contratado pelo Flamengo que apontava problemas em itens do sistema elétrico. Esse relatório apontava a necessidade de um “atendimento emergencial”. A informação foi primeiramente publicada no portal “Uol”.

Após o relatório, o clube contratou a empresa “CBI Instalações” para fazer os reparos necessários. A contratação é confirmada através de duas parcelas de pagamento em que foi emitido nota fiscal. No entanto, segundo a “Anexa Energia Serviços de Eletricidade” — empresa contratada pelo Flamengo já após o acidente — o serviço não foi realizado.

No parecer técnico da “Anexa Energia Serviços de Eletricidade” entregue ao clube no dia 20 de março de 2019, a empresa afirma que, ao vistoriar o disjuntor que atendia o módulo onde estava o ar condicionado que deu início ao fogo no alojamento, verificou que “as instalações continuavam as mesmas de quando a inspeção fora realizada”.

No dia 8 de fevereiro de 2019, uma pane na eletricidade causou o incêndio que tirou a vida de Athila Souza Paixão, Arthur Vinícius de Barros, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.

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