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Mais de 300 já morreram em protestos no Irã, diz agência da ONU

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Mais de 300 pessoas já morreram durante os protestos que tomaram conta do Irã e que pedem o fim do regime islâmico nos dois últimos meses, segundo levantamento da agência das Organizações das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos apresentado nesta terça-feira (22).

O país vive a maior onda de protestos de sua história, que eclodiram em reação ao caso da jovem curda Mahsa Amini, de 22 anos, que apareceu morta após ser presa pela chamada polícia dos bons costumes do país por “uso inadequado” do véu islâmico, obrigatório no Irã.

As reivindicações, contra a repressão às mulheres, rapidamente se tornaram o maior movimento contra a República Islâmica desde a sua proclamação, em 1979.

O governo tem respondido com repressão às manifestações, e há diversos relatos A agência da ONU afirmou que a situação o Irã é “crítica”, descrevendo um endurecimento da resposta das autoridades aos protestos que resultaram em mais de 300 mortes nos últimos dois meses.

“Instamos suas autoridades a atender às demandas das pessoas por igualdade, dignidade e direitos, em vez de usar força desnecessária ou desproporcional para reprimir os protestos”, disse um porta-voz do chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

A República Islâmica tem sido tomada por protestos em todo o país desde a morte da curda Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da polícia de moralidade em 16 de setembro, depois que ela foi presa por usar roupas consideradas “inadequadas”.

Fonte: G1