A Procuradoria solicitou informações de autoridades e companhias aéreas após casos de troca de bagagens
O Ministério Público Federal em São Paulo instaurou inquérito civil para apurar as falhas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A investigação foi aberta após as denúncias de troca de bagagens de passageiros por malas com drogas dentro das áreas restritas do aeroporto, como o caso das duas brasileiras que ficaram mais de um mês presas na Alemanha e o caso do passageiro que teve os bens trocados mas não enfrentou problemas em Paris, na França.
A Procuradoria pediu informações da Polícia Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da GRU AirPort, concessionária que administra o aeroporto, da Orbital, que empregou funcionários flagrados trocando etiquetas, e de duas companhias aéreas, a Gol e a Latam.
Segundo o Ministério Público, os casos provocam uma sensação de insegurança em toda a sociedade, o que poderia comprometer a credibilidade e o desenvolvimento dos serviços aéreos no Brasil, uma vez que o esquema criminoso tem incriminado pessoas inocentes.
O procurador da República responsável pelo inquérito, Guilherme Göpfert, alerta para os impactos na sociedade, na imagem do país e em vários segmentos econômicos, dado o clima de desconfiança.
A investigação busca ainda uma revisão dos protocolos de segurança no maior aeroporto da América do Sul, para que casos de troca de bagagens não voltem a ocorrer.
Em nota, a Gol Linhas Aereas informou que não vai comentar o caso. A CNN entrou em contato com as partes citadas pelo Ministério Público e ainda aguarda um retorno.
Fonte: CNN