Advogado afirma que denúncia confunde crítica a Israel com antissemitismo e ataca liberdade de expressão
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra o jornalista Breno Altman, acusando-o de racismo contra judeus, incitação e apologia ao crime, com base em postagens feitas entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024. A ação ocorre após a Confederação Israelita do Brasil (Conib) registrar notícia-crime alegando que as publicações eram racistas e antissemitas.
Altman, que é judeu, já havia sido investigado pela Polícia Federal, que concluiu que não houve crime, apenas exercício do direito à liberdade de expressão. O procurador responsável, Maurício Fabretti, defende a denúncia com base em postagens em que o jornalista critica o Estado de Israel e defende o Hamas como resistência anticolonial, chegando a comparar dirigentes sionistas a “ratos” em uma publicação de outubro de 2023.
O advogado de Altman, Pedro Serrano, classificou a denúncia como “uma vergonha institucional” e um ataque à liberdade de expressão. Segundo ele, o jornalista critica o sionismo e políticas do governo israelense, e não judeus ou o judaísmo, e a acusação busca criminalizar opiniões políticas e solidariedade ao povo palestino, confundindo antissionismo com antissemitismo.
Fonte: Metro 1 / Foto: Divulgação
