O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi designado pelo seu partido como titular da Comissão de Constituição e Justiça. O parlamentar frisou que sua prioridade nessa comissão será lutar para a aprovação de uma emenda constitucional que limite a oito anos o mandato de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Lutar contra o ativismo judicial sempre foi minha bandeira”, disse Silveira, abordado a todo momento nos corredores da Câmara para fotos com bolsonaristas.
Silveira terá assento em cinco comissões, entre as quais, além da CCJ, Segurança Pública, da qual será o 1º vice-presidente, Educação e Cultura. O congressista pontuou que, na Comissão de Cultura, atuará mais para “obstruir pautas abomináveis”. Entre essas, citou, está a proposta que insere o guerrilheiro Carlos Marighella, morto pela ditadura militar, no livro de Heróis da Pátria.
“Absurdo. Marighella herói da Pátria?”
Na Comissão de Segurança Pública, Silveira foi festejado pelos outros integrantes, na grande maioria ligados à segurança pública, como delegados, policiais e generais. Até mesmo os parlamentares posavam para fotos com o deputado condenado pelo STF.
“Na Segurança, vou atuar a favor de projetos que beneficiem os policiais.”
O deputado salientou que se considera “legalmente elegível”.
“Estou liberado de tudo. Quem fala o contrário está sendo abjeto. Meu caso é um consenso entre os maiores juristas.”
Questionado sobre uma possível disputa ao Senado ou tentativa de reeleição, se elegível estiver mesmo, Silveira desconversou.
“O que interessa para mim, mesmo, é reeleger o presidente Bolsonaro. Se isso ocorresse hoje, não me interessaria mais nada.”
Sobre o assédio nos corredores e nas ruas, ele disse que essa evidência de seu nome “só dá ressonância”.
“Quem está errado? Sendo odiado e rechaçado.”
Fonte: Metrópoles