“NEM TUDO QUE RELUZ É OURO”

colunistas Rodrigo Santana

Por Rodrigo Santana Costa

Em um dos versos da canção: “S.O.S”, Raul Seixas diz algo muito interessante: “E nas mensagens que nos chegam sem parar. Ninguém, ninguém pode notar. Estão muito ocupados pra pensar”. Ou seja, esse exercício ordinário que fazemos, diariamente, como a nossa mente não possibilita que tenhamos embasamento teórico para pensar sobre diversas temáticas por que como bem conceituou o filósofo Jiddu Krishnamurti: pensar correto é movimento, é produto da compreensão, e a compreensão se modifica, se transforma constantemente”. Então quando o assunto é ufologia ou você estuda para “pensar correto” ou você reproduzirá o que está presente no senso comum. Isso significa que, provavelmente, você vai ridicularizar o assunto para se adequar ao meio.

         Um dos mitos que existe sobre os ufólogos é pensar que eles são tão supersticiosos que basta ver alguma luz no céu que já querem tirar fotos, fazer vídeos por que acreditam que estão diante de um Objeto Voador Não Identificado (OVNI). O que muitas pessoas não sabem é que tem muita gente séria nesse meio e por isso muito suposto fenômeno é descartado por que existem critérios de análise em relação aos avistamentos. E no que diz respeito a provar a existência de vida inteligente fora da Terra ainda é uma tarefa difícil por que os ufólogos carecem de ter em mãos algum artefato que tenha comprovação científica que é de uma tecnologia desconhecida na Terra ou um cadáver de um extraterrestre para ser submetido a uma análise, por exemplo.

       Por outro lado, é importante ressaltar que o que sustenta a suspeita dos ufólogos em continuar acreditando na possibilidade de vidas em outros planetas é que nem tudo é, facilmente, refutado. Pode-se citar a exemplo o caso abordado no filme: “Fogo no céu”, o caso abordado no documentário: “Roswell: The Final Verdict” e a obra: “As Digitais dos Deuses” de Graham Hancock que apresentam conteúdos capazes de deixar um cético intrigado.

        Assim, é possível perceber que a ufologia segue por meio da sugestão do “ver para crer”. Sendo que isso vai de encontro ao que muitos leigos acreditam que é pensar que os ufólogos são “crer para ver”. Além disso, é importante ressaltar que o nosso “ver” tem a sua cota de limitação como bem disse o ufólogo Thiago Luiz Ticchetti: “Vemos uma limitada janela da vibração espectral da luz. Enquanto a verdade está lá fora, pode ser que ela não seja verdadeiramente percebida. Sendo mais claro, os seres humanos são observadores imperfeitos por definição, e ao mesmo tempo a observação humana constitui a maior evidência em favor do fenômeno ufológico”.

Rodrigo Santana Costa é professor e escritor ipiraense. Pubicou a obra: Carecer” em verso e prosa pela editora: Penalux.