Por Rodrigo Sanatana – Segunda 2 de agosto de 2021
Na obra:”O Despertar da Verdade” o filósofo Jiddu Krishnamurti faz uma provocação sobre o pensamento que é um divisor de águas na existência de um ser humano. Ele diz:
“Pensamento correto e pensar correto são duas coisas diferentes. Pensamento correto significa o mero ajustamento ao que é correto, respeitável, ao passo que pensar correto é movimento, é produto da compreensão, e a compreensão se modifica, se transforma constantemente”.
Nota-se que a maioria dos seres humanos optam pelo “pensamento correto” por que é mais cômodo reproduzir o que já está posto. Os que assim procedem leem sempre pelo chamado: “Viés de Confirmação”. O que gera uma bolha conceitual onde o indivíduo que acredita está pensando, está na verdade atendendo a teoria da Espiral do Silêncio. Ou seja, é dizer o que todo mundo diz para se adequar ao parâmetro do que é considerado sensato ao Zeitgeist.
Em termo mais popular é o mesmo que dizer que ser uma Maria que não vai com as outras envolve muita transpiração, ou seja, envolve muita leitura! Sendo que esse exercício leva o ser humano a um caminho solitário ou melhor dizendo minoritário por que é comum encontrarmos alguém que também se ousa a buscar a verdade sem cessar, todavia é importante ressaltar que aqueles que se ousam traçar um caminho pelo ” pensar correto” alcança níveis de compreensão valorosos como aconteceu com o filósofo Friedrich Nietzsche que é considerado um dos formadores do pensamento moderno, mas que trilhou por uma linha de raciocínio incomum em relação a tradição filosófica. Isso significa dizer que até mesmo no meio acadêmico, nós somos estimulados a confirmar o “pensamento correto”. E o mais surpreendente disso é notar que nos achamos muito inteligentes em assim procederemos, o que é um ledo engano, pois esse é o caminho mais fácil.
Portanto para aplicar o método do “pensar correto” é preciso reconhecer a própria ignorância para se manter sempre aberto ao conhecimento, pois esse foi o legado que o Colégio Druídico deixou para a Filosofia Grega. Um método que se perdeu no academicismo, mas que está sendo retomado pela Revelação Cósmica.
Rodrigo Santana Costa é professor e escritor ipiraense